Table Of ContentARQUITECTURA E AUTONOMIA
EXPERIMENTAÇÃO NA PERIURBANIDADE
António Coxito
Tese apresentada à Universidade de Évora
para obtenção do Grau de Doutor em Arquitectura
ORIENTADORES: Professor Doutor João Soares
Professor Doutor Joaquim Moreno
Professor Doutor João Mendes Ribeiro
ÉVORA, JANEIRO 2016
INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO E FORMAÇÃO AVANÇADA
ARQUITECTURA E AUTONOMIA
EXPERIMENTAÇÃO NA PERIURBANIDADE
António Coxito
Tese apresentada à Universidade de Évora
para obtenção do Grau de Doutor em Arquitectura
ORIENTADORES: Professor Doutor João Soares
Professor Doutor Joaquim Moreno
Professor Doutor João Mendes Ribeiro
ÉVORA, JANEIRO 2016
INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO E FORMAÇÃO AVANÇADA
DEDICATÓRIA
Para a Luísa, o plano onde me desloco, suficientemente inclinado para cultivar a imponderabilidade.
AGRADECIMENTOS
Ao arquitecto João Soares, pela confiança depositada na razão de ser da minha dúvida. Pelas incansáveis
sessões de acompanhamento onde foi feita a sugestão subliminar de referências pecaminosas que se
revelariam radicais. Mas também pela definição de limites.
Ao arquitecto Joaquim Moreno, consciência sempre presente do fascínio e responsabilidade de um
trabalho de investigação. Particularmente, pela informação disponibilizada para o enquadramento das
utopias americanas e da sua counter[european]culture.
Ao doutor Jorge Rivera, pelas expressões de apreensão sobre as questões epistemológicas, que levaram
ao seu acerto e rigor.
Ao arquitecto João Mendes Ribeiro, pelas chamadas de atenção à forma do documento como meio de
comunicação inteligível do conhecimento.
Ao Luís Coutinho e à Graça Passos, que me receberam na Herdade da Tojeira e me proporcionaram as
condições logísticas necessárias para desenvolver a minha investigação através da acção.
Ao Domingos, ao Zé Gato, ao Lopes e ao Miguel Gomes, pelo apoio muscular e anímico durante a
experimentação.
Ao Tito, que ministrou um curso de permacultura em Abril de 2012 na Quinta da Boa Viagem,
acompanhou ao longe este processo e estimulou pelo seu exemplo na Herdade do Freixo do Meio e no
Boom Festival.
Ao engenheiro Armando Alves, investigador do CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e
Recursos Genéticos da Universidade do Porto), pelo seu contributo teórico para a construção da fito-
charca.
Ao Victor Pinto da Fonseca, cujo convite para editor da secção de design da publicação de arte
contemporânea Artecapital me permitiu publicar alguns primeiros ensaios que maturariam para partes
desta dissertação.
Ao arquitecto João Sequeira, pelo reconhecimento da validade académica da minha provocação através
da publicação do artigo A passage in action research na Revista Lusófona de Arquitectura e Educação.
Ao arquitecto Nuno Griff e Departamento de Arquitectura da Universidade Lusófona de Lisboa, pelo
convite para ministrar as aulas de abertura do 2º e 4 ano do ano lectivo 2014-2015, onde pude testar a
receptividade a algumas das reflexões que aqui se apresentam.
Ao Hugo Antunes e ao Dick, interlocutores improváveis ao fim da tarde, suficientemente apartados do
mundo académico para medir a abrangência dos meus argumentos.
Ao Bruno Gonçalves, pela oportunidade que me proporcionou para implementar concretamente os
pressupostos desta investigação na Quinta da Boa Viagem, onde desde 2013 decorre a construção de uma
utopia.
Ao meu pai, pela raiz.
ABSTRACT/RESUMO
ARCHITECTURE AND AUTONOMY: EXPERIMENT IN THE PERIURBANITY
The aim of this work was to define the possibilities of autonomy and autharchy in Architecture. It is
considered that there can be found current manifestations with peculiar characteristics of these postures, in
those spaces that have been refered here as periurbanity. The research model falls under the category of
action research; this action, in the present case, consisted in the actual construction of architectural
structures with the purpose of self-sufficiency. The historical data that was collected was framed on the
theme of utopias. The case studies, all of them active, figured as current expressions of that History, where
there were recognized manifestations of autonomy and of autharchy. It was introduced the subject of the
images with which Science is made, in order to find a suitable protocol to consider what it was intended to
discuss. The research methodology held an analytical study of the systems, processes and materials of the
architecture of the periurbanity. Finally, it was considered that the new possibilities of inscription, define a
place in History of Architecture for the periurbanity condition.
ARQUITECTURA E AUTONOMIA: EXPERIMENTAÇÃO NA PERIURBANIDADE
O objectivo desta dissertação foi o de definir as possibilidades de autonomia e de autarquia em
Arquitectura. Considera-se que podem ser encontradas manifestações actuais e com características próprias
destas posturas, em espaços que foram referidos como periurbanidades. O modelo de investigação
adoptado enquadra-se na categoria de action research; esta acção, no presente caso, consistiu na construção
efectiva de estruturas arquitectónicas com o propósito da auto-suficiência. A recolha de informação
histórica foi enquadrada na investigação sobre as utopias. Os casos de estudo, todos eles em actividade,
figuraram como expressões actuais daquela História, onde se reconheceram manifestações de autonomia e
de autarquia. Foi convocado o tema das imagens com que a Ciência se faz, de modo a encontrar um
protocolo adequado à reflexão que se pretendia desenvolver. A metodologia de investigação procedeu a
um estudo analítico dos sistemas, processos e materiais da arquitectura da periurbanidade. Por fim, foi
considerado que as novas possibilidades de inscrição, configuram um lugar na História da Arquitectura
para a condição de periurbanidade.
Keywords/Palavras chave
autonomy, autarchy, periurbanity, contemporary vernacular, utopia
autonomia, autarquia, periurbanidade, vernacular contemporâneo, utopia
ÍNDICE
INTRODUÇÃO. . . . . . . . . 1
PARTE I: O TEMPO E O MOTO . . . . . . 3
1. NO MEIO . . . . . . . . 3
2. NA PERIFERIA: EXÓTICO E COMUM . . . . 10
3. PERIURBANIDADE . . . . . . . 14
PARTE II: AUTONOMIA E AUTARQUIA . . . . . 16
1. GENEALOGIA . . . . . . . 16
2. AUTONOMIA . . . . . . . 23
Autonomia a partir de Ledoux . . . . . 24
1960 e Utopia . . . . . . . 29
3. AUTARQUIA . . . . . . . . 33
Autarquia a partir da Revolução Francesa . . . . 33
1960 nos E. U. A. . . . . . . 38
1960 na Europa . . . . . . . 42
4. A INCONSCIÊNCIA DE ZENO . . . . . 43
A consciência . . . . . .. . 43
A mulher sem nome . . . . . . 44
Arquitectura e distúrbio . . . . . . 45
Epílogo . . . . . . . . 46
PARTE III: CASOS DE ESTUDO . . . . . . 49
Tetterode - squatting . . . . . . 49
OpenStructures, IntraStructures - Open Source . . 54
Superuse, Cyclifier, InsideFlows - economia da partilha. . 57
Grow Heathrow - Transição . . . . . 59
Tamera - ao lado . . . . . . . 63
Boom Festival - hedonismo e burguesia . . . . 67
Architecture for Humanity - outros lados . . . . 71
PARTE IV: ENQUADRAMENTO EPISTEMOLÓGICO . . . 75
1. POST HOC . . . . . . . . 75
2. ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS . . . . 80
Ordem . . . . . . . . 80
Index . . . . . . . . 81
Listagem diagramada de 15 listagens e diagramas posteriores a 1500 . 82
Índice dos índices . . . . . . 92
3. PROTOCOLO . . . . . . . 94
Description:114 Michel Foucault e Felix Guatari, em Des espaces autres, (1994), cunharam o termo heterotopias ou espaços de alteridade GUÉNON, René. The Reign of Quantity & the Signs of the Times. 1945. ISBN 9780900588679. Guia de Portugal: Estremadura, Alentejo, Algarve. Biblioteca Nacional de