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Z71v Zimerman, David.
Vocabulário contemporâneo de psicanálise [recurso
eletrônico] / David Zimerman. – Dados eletrônicos. – Porto
Alegre : Artmed, 2008.
Editado também como livro impresso em 2001.
ISBN 978-85-363-1414-3
1. Psicanálise – Vocabulário. I. Título.
CDU 159.964.2(03)
Catalogação na publicação: Mônica Ballejo Canto – CRB 10/1023
Vocabulário
Contemporâneo
de Psicanálise
D E. Z
AVID IMERMAN
Médico psiquiatra
Membro efetivo e psicanalista didata
da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)
Psicoterapeuta de Grupo
Ex-presidente da Sociedade de Psiquiatria
do Rio Grande do Sul
© ARTMED Editora S.A., 2001
Capa:
Joaquim da Fonseca
Preparação do original:
Henry Saatkamp
Ilustrações:
Kundry Lyra Klippel – desenhos modificados de fotos
Leitura final:
Solange Canto Loguercio
Supervisão editorial:
Mônica Ballejo Canto
Editoração eletrônica
Art & Layout – Assessoria e Produção Gráfica
Reservados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, à
ARTMED® EDITORA S.A.
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É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte,
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IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL
Agradecimentos
À querida Guite, pelo apoio total e incondi- te incentivo; às inúmeras instituições que
cional; aos meus amados filhos, nora, gen- têm me prestigiado com honrosos convites
ro e netos pela constante provisão de ale- que me obrigam a manter atualizado e di-
gria e orgulho; ao Bernardo, meu carinho- versificado; e aos meus pacientes de to-
so prefaciador; aos meus amigos, colegas dos os tempos, minha profunda e eterna
alunos e editores pelo estímulo e permanen- gratidão.
Prefácio
David e eu somos amigos de longa data. A. Ferro, etc. Ademais, o livro fica enrique-
Nosso conhecimento profissional passa pela cido com a inclusão de inúmeras biografias
formação psiquiátrica e psicanalítica. Co- relativas aos mais notáveis psicanalistas de
nhecendo a sua pessoa, vemos o profissio- todos tempos; de verbetes alusivos a rese-
nal sério, estudioso, amigo da verdade, afe- nhas de alguns artigos e livros considera-
tuosamente infatigável na busca de soluções dos como clássicos da psicanálise; de alguns
para quem necessita de sua ajuda. aspectos polêmicos que cercam o meio psi-
Ao fazer uma apreciação do Vocabu- canalítico, como o das “Controvérsias”
lário Contemporâneo de Psicanálise não acontecidas na Sociedade Psicanalítica Bri-
posso dissociar a pessoa do autor. Neste li- tânica, e assim por diante. Também cabe
vro, David procura traduzir em linguagem registrar que muitos verbetes são acompa-
simples e acessível a complexidade do sig- nhados com ilustrações. O autor consegue
nificado dos termos e conceitos psicanalíti- captar o pensamento desses autores no
cos evitando a linguagem hermética, incom- que eles têm de particular e o que lhes é
preensível para grande parte dos leitores da comum, acrescido de alguns dados bio-
língua portuguesa. Numa visão contempo- gráficos e históricos, o que não é uma ta-
rânea, ele nos mostra a capacidade de arti- refa fácil.
cular os conceitos de vários autores, partin- O trabalho de David Zimerman está
do de Freud, indo a M. Klein, Hartmann, alicerçado no mérito da divulgação da psi-
Winnicott, Bion, Kohut, Lacan e outros. canálise, através dos seus livros, artigos pu-
Entre estes últimos constam autores segui- blicados, conferências, participação ativa
dores de Freud, como Abraham, Ferenczi, em congressos, atividade didática e da prá-
Anna Freud; ou seguidores de M. Klein, tica clínica. Sempre procurou transmitir os
como Rosenfeld, H. Segall, Meltzer; alguns conhecimentos psicanalíticos de forma a
dissidentes e desviacionistas da psicanálise desmistificar a psicanálise, apresentando-a
clássica, como Adler, Jung, Reich; alguns como uma ciência que trata da alma hu-
outros que sem serem psicanalistas fizeram mana e não como um conjunto de seitas,
indiretamente importantes contribuições, em busca de adeptos. Assim, vejo em sua
como o epistemólogo Piaget, além de auto- obra atual a clareza de quem não prioriza
res representativos da psicanálise contempo- esta ou aquela corrente psicanalítica, o que
rânea de formação mais eclética e autôno- não o impede de comprometer-se em seu
ma, como Tustin, Green, Kernberg, Bollas, trabalho com idéias originais, incluindo ver-
8 DAVID E. ZIMERMAN
betes, conceitos e comentários pessoais. Par- tempo, cada título de verbete vem acompa-
ticularmente, entre outros mais, creio que nhado, num parêntesis, por uma referência
cabe destacar como úteis para a teoria e a que esclarece e situa o leitor relativamente
prática da psicanálise a originalidade das a qual corrente psicanalítica, ou nível con-
concepções de “Posição Narcisista”, “Vín- ceitual está fundamentado o vocábulo que
culo do Reconhecimento”, “Estado Psíqui- está sendo consultado. David também de-
co de Desistência”, “Prazer sem Nome”, monstra uma preocupação em manter im-
“Objeto Tantalizador”, “Contra-ego”, etc. parcialidade e a maior fidelidade possível
Quando falamos de psicanálise, não ao pensamento do autor que embasa o res-
estamos nos referindo a um sistema fecha- pectivo verbete, de modo que quando quer
do, acabado. Cada nova descoberta exige emitir algum acréscimo ou opinião pessoal,
novos termos e conceitos. Correções sem- ele os antecede com a palavra “comentá-
pre serão necessárias para que possamos rio”. Igualmente quando o verbete alude a
acompanhar a expansão dos conhecimen- alguma terminologia ou concepção original
tos psicanalíticos. Também a complexidade sua, ele alerta o leitor com a colocação
dos fenômenos psíquicos exige leituras re- de um asterisco no final do título. O res-
petidas para a compreensão e assimilação peito pelo leitor tem continuidade com a
dos termos e conceitos, sempre em um con- inclusão de um índice remissivo que além
tinuado processo de renovação. de facilitar a consulta também propicia
Nesta nova obra de David podemos uma visão sinóptica do vocabulário, e de
facilmente perceber que ele segue a mesma uma bibliografia a mais completa possí-
linha dos seus quatro livros anteriores, isto vel que visa a uma desejável complemen-
é, existe uma clara tendência para priorizar tação da leitura dos verbetes, nas fontes
uma abordagem didática, sistemática e de originais. É possível, no entanto, que al-
integração, de sorte a contemplar tanto os guns verbetes estejam faltando, outros
analistas veteranos e experientes que neces- podem estar sendo breves ou longos de-
sitam uma rápida consulta para relembrar mais ou que eventualmente possam ser
ou esclarecer algum determinado tema, revistos.
quanto para os leitores que estão iniciando Mas, sem dúvida, em seu conjunto, o
a sua formação e poderão dispor de uma Vocabulário Contemporâneo de Psicanáli-
nova fonte de estudos e aquisição de co- se, além de um guia estimulante e facilita-
nhecimentos, não-isolados, mas, sim, inte- dor, é uma fonte de estudo e de pesquisas
grados. que remete os interessados diretamente às
Desta forma, os 900 verbetes que com- fontes de origem para uma leitura crítica,
põem este vocabulário estão sinalizados de um estudo e uma pesquisa mais aprofun-
uma maneira que possibilita ao leitor ras- dados. Até onde sei, não existe nenhum vo-
trear determinado assunto, porquanto, se- cabulário da natureza deste na literatura psi-
guidamente, um verbete remete a outros canalítica e, conhecendo a disposição do
que lhe complementam, ao mesmo tempo David, os psicanalistas e todos interessados
que sugere fontes bibliográficas onde o tema nesta área podem esperar que no futuro esta
que interessa possa ser estudado com mais obra terá continuidade.
profundidade nos trabalhos originais dos
Bernardo Brunstein
distintos autores mencionados. Ao mesmo
Psicanalista da SPPA
Introdução
Existem muitos e excelentes dicionários e Outra obra excelente, essa mais recen-
vocabulários de psicanálise; então, por que te, surgida em 1994, é o Dicionário de Psi-
mais este? A essa pergunta que me faço de canálise, de Elisabeth Roudinesco, que ocu-
forma algo obsessiva, respondo que os me- pa mais de 800 páginas, apresenta uma
lhores desses dicionários estão mais direta- maior variação de abordagens, traz uma
mente especializados em um determinado inestimável contribuição para o leitor inte-
autor e na respectiva corrente psicanalítica. ressado na história da psicanálise, porém vir-
Assim, ninguém pode contestar o valor ines- tualmente desconhece importantes idéias da
timável desse verdadeiro clássico que é o psicanálise contemporânea, como são as
Vocabulário da Psicanálise, de Laplanche e contidas nas concepções teóricas e técnicas
Pontalis, cuja primeira edição é de 1982 e é de autores como Bion, Kohut, Winnicott...
de consulta obrigatória para dirimir qualquer Igualmente, cabe destacar a publicação
dúvida e fazer definitivos esclarecimentos de dicionários de termos dirigidos quase que
sobre os conceitos plantados por Freud ao exclusivamente às contribuições originais de
longo de toda sua imensa obra. Esse mag- Lacan e de seus seguidores. Para ficar num
nífico vocabulário reúne em torno de 420 único exemplo, pode ser mencionado o Dici-
verbetes, alguns são curtos e outros ocupam onário de Psicanálise (Artmed), cujos verbe-
uma extensão de 15 páginas, longos como tes específicos, elaborados por inúmeros au-
artigos completos. No entanto, ficou virtu- tores, foram organizados pelo francês Roland
almente restrito às contribuições freudianas, Chemama. A primeira edição é de 1993.
entremeadas de alguns, poucos, conceitos Também cabe mencionar um livro-di-
de outros autores. cionário surgido em 1996, de autoria da psi-
O mesmo se pode dizer do Dicionário canalista inglesa Jan Abram, cujo título, na
Freudiano, surgido em 1995, de autoria do edição brasileira, é A Linguagem de Winni-
psicanalista argentino José Luis Valls. cott. Seu subtítulo esclarece seu conteúdo:
Outro clássico, imprescindível na biblio- Dicionário das Palavras e Expressões Utili-
teca de todo psicanalista, é o Dicionário do zadas por Donald W. Winnicott.
Pensamento Kleiniano, surgido no início da Destarte, após fazer uma ampla con-
década 90, de autoria de Robert Hinshe- sulta em todos dicionários análogos existen-
lwood. Faz uma cobertura completa dos con- tes na literatura psicanalítica, entendi que
ceitos kleinianos e pós-kleinianos, porém per- estava faltando um compêndio que fizesse
manece restrito exclusivamente a eles. uma integração das escolas psicanalíticas
10 DAVID E. ZIMERMAN
mais importantes, de sorte a oferecer uma timo livro que publiquei sobre psicanálise –
visão sinóptica dos conceitos da psicanáli- Fundamentos Psicanalíticos. Teoria, Técnica
se, desde a época pioneira, atravessando e Clínica, em 1999 – tinha me obrigado a pro-
sucessivas gerações de autores seguidores ceder a uma exaustiva consulta e revisão de
de Freud, mas também dissidentes e ampli- uma imensidade de textos publicados em re-
adores de seus conceitos, até chegar às con- vistas e livros, antigos e recentes, provindos
tribuições da psicanálise contemporânea. de autores de todas as órbitas.
Além disso, é inegável que, diante da Ao me atirar à estafante e demorada,
vasta e cada vez mais volumosa e diversifi- embora altamente gratificante, tarefa de ten-
cada literatura, acontece um certo clima de tar cumprir o projeto, escolhi o caminho
confusão conceitual na psicanálise, devido mais difícil e, quem sabe, o menos eficien-
ao fato de que, muitas vezes um mesmo ter- te: decidi realizá-lo sozinho, mesmo saben-
mo, empregado por autores distintos (às do que poderia contar com a irrestrita cola-
vezes pelo mesmo autor), pode adquirir sig- boração de brilhantes amigos e colegas, lo-
nificados diferentes. Também ocorre o con- cais e internacionais, que dominam profun-
trário, isto é, o mesmo significado psicanalí- damente determinadas áreas específicas da
tico recebe múltiplos rótulos e denominações psicanálise. Minha opção por essa linha de
bastante diferenciadas entre si. Tudo isso pode trabalho mais árduo é justificada pela crença
concorrer para o risco de uma certa “babeli- de que o projeto de intenção integradora do
zação” da psicanálise, embora existam inegá- presente vocabulário impõe a necessidade de
veis vantagens na proliferação de idéias e conservar o mesmo estilo, certa coerência na
conceitos provindos de diversas fontes. visão global de todas as múltiplas faces da
Após trocar idéias com meus editores, psicanálise. A autoria única também enseja
aceitei o desafio ancorado em duas razões inserir eventuais comentários pessoais e, so-
muito fortes. A primeira é que percebia a bretudo, manter a liberdade de fazer cone-
grande freqüência com que alunos, partici- xões e remissões entre os distintos verbetes,
pantes de meus distintos grupos de estudo, além de mencionar as manifestações de dife-
me dirigiam perguntas como “Esse concei- rentes autores sobre determinado conceito.
to ainda vale?”, “Isso já não tinha sido dito Até aqui, estou discorrendo sobre as
por Freud? É a mesma coisa?” e assim por pretensões mais otimistas daquilo que esse
diante, o que me fez sentir uma real neces- livro visa a alcançar. No entanto, impõe-se a
sidade de tentar fazer esclarecimentos e si- tarefa de definir esse vocabulário por alguns
tuar muitos interessados. A segunda razão aspectos do que ele não é, nem nunca pre-
é que, após ter publicado quatro livros, ter tendeu ser!. A seguir, enumero alguns deles.
um continuado exercício de magistério, ori- Esse vocabulário, sequer remotamen-
entar grupos de estudos privados, supervisio- te, pretende funcionar como uma espécie
nar atividades na área da psicanálise, atuar de enciclopédia que abarque tudo que diga
como conferencista em distintos eventos em respeito à psicanálise (embora, durante sua
uma variada geografia, manter constantemen- feitura, diversas vezes me ocorreu que a IPA
te atualizada a leitura e, sobretudo, ter a ex- poderia assumir a gigantesca tarefa de no-
periência de mais de 40 anos de prática psi- mear uma comissão de ilustres psicanalis-
canalítica fundamentada numa formação plu- tas para produzir uma verdadeira e, tão
ralista, me davam condições de enfrentá-lo. quanto possível, completa, enciclopédia de
Na verdade, acreditei que a tarefa de redigir psicanálise, em diversos tomos, é claro).
este vocabulário poderia ficar facilitada (o que, Assim, o leitor vai se deparar com
de fato, em boa parte, sucedeu) porque o úl- muitas omissões, algumas intencionais e