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Minha luta pelo meu Povo
MARiLiA FAC6 SOARES 6 Professora
Associada do Museu Nacional da
Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) e Pesquisadora do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Cientifico e
Tecnologico (CNPq, Brasil), com atuagao em
cursos de pos-graduagao (Linguistica, Marflia Faco Soares
Antropologia Soda! e Arqueologia). Doutora Pedro Inacio Pinheiro (Ngematuci))
na area de Linguistica (UNICAMP, 1992), sua
tese de doutorado versou sobre a lingua
Tikuna (Ticuna), que, falada por um dos
Reinaldo Otaviano do Carmo (Mepawecu)
maiores grupos indigenas do Brasil, possui
tambem falantes no Peru e na Colombia.
Prossegue com suas investigagoes sobre
essa lingua e conhece linguas da familia Tupi- Professores Ticunas
Guarani, assim como linguas da familia
linguistica Pano. Possui atuagao no campo da
educagao indigena, com assessoria, por mais
de dez anos, a projetos diretamente voltados
para populagoes indigenas. Coordenou,
durante oito anos, projetos de colaboragao
com equipes francesas no ambito de acordo
entre o Brasil e a Franga. Coordenou e
executou ainda trabalhos linguisticos
voltados para inventarios e acervos de
Cditora da UFF
pesquisa e recebeu, no Brasil, premios por
projetos voltados para linguas indigenas. Niteroi
Como parte de sua formagao, quando ainda
2014
estudante de graduagao (UFRJ), estao os
estudos de literature e a musica, sendo que
esses ultimos incluiram e precederam a
propria graduagao.
Direitos autorais cedidos a Organizagao Geral dos Professores Ticunas Bilingues (OGPTB).
Projeto Grafico e Capa: William de Lima
Credito das fotografias
Manila Faco Soares (paginas 21, 25, 26, 27, 29, 31, 36, 39, 46, 51, 101, 112, 113, 132 (parte inferior))
Jussara Gruber (paginas 127, 130, 134, 135)
William de Lima (paginas 3, 4, 19, 23, 35, 37, 41, 43, 53, 56, 63, 73, 77, 79, 80, 81, 85, 87, 89, 91,
93,95, 107, 109, 119, 122, 123, 124, 125, 126)
Samuel Rocha de Oliveira (paginas 13, 45, 47, 59, 103, 132 (parte superior))
Fotografias sem identificagao de autor:(paginas 131, 133)
Capa: Detaihe do Manto e da Mascara Ticuna utilizado no Ritual da Moga Nova.
Acervo: Museu Nacional/UFRJ. s/n°
Ficha Catalografica
S655t Tchoru duuuguca' tchanu. Minha luta pelo meu povo / Manila Faco Soares, Pedro
Inacio Pinheiro (Ngematucu), Reinaldo Otaviano do Carmo (Mepawecu), Professores
Ticunas (OGPTB). - Niteroi - RJ: EDUFF, 2014.
152 p; il (+mapa)
ISBN 978-85-228-1039-0
I. Lingufstica. 2. Lfnguas indigenas. 3. Lingua Tikuna. 4. Lingua Ticuna.
5. Indies Tikuna. 6. Indies Ticuna. 7. Narrativas orais. 8. Discurso.
9. Tradugao. lO.Variagao lingufstica. I. Soares, Marflia Faco.
II. Pinheiro, Pedro Inacio (Ngematucu). III. Carmo, Reinaldo Otaviano do
(Mepawecu). IV. Professores Ticunas (OGPTB).
CDD410
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Reitor: Roberto de Souza Salles
Vice-Reitor: Sidney Luiz de Matos Mello
Pro-Reitor de Pesquisa, Pos-Graduagao e Inovagao: Antonio Claudio Lucas da Nobrega
Diretorda EdUFF: Mauro Romero Leal Passes
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Distribuigao: Luciene P. de Moraes
Comunicagao e Eventos: Ana Paula Campos
Comissao Editorial
Presidente: Mauro Romero Leal Passes
Ana Maria Martensen Roland Kale_
Eundice Figueiredo
Giziene Neder
Fleraldo Silva da Costa Mattes
Flumberto Fernandes Machado
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Marco Antonio Sloboda Cortez
Editora flliada a Maria Lais Pereira da Silva
Renato de Souza Bravo
Rita Leal Paixao
Simoni Lahud Guedes
DASA SESOOiTCOIARCAAS OU NbIrVaEsRiSlIeTiArRaI AS Tania de Vasconcellos €ditora da UFF
Palavrasiniciais
a muito anos atras, em minha primeira pesquisa de campo na regiao
f
norte do pafs, ao iniciar o meu estudo da lingua Ticuna (ou Tikuna)^
falada pelo mais numeroso povo indigena na Amazonia brasileira, coletei,
na aldeia Vendaval, municipio de Sao Paulo de Oliven^a, no estado do Amazonas,
uma narrativa especialmente importante: a historia de vida do lider Pedro Inacio
Pinheiro, narrada por ele proprio em sua lingua materna. Com aparencia de discurso
autobiografico, essa narrativa na lingua Ticuna se coloca no nivel de urn texto politico,
fundamental para a compreensao da historia recente do povo Ticuna a partir de
uma otica interna ao grupo e dos processos de significa^ao intrinsecamente ligados
a materialidade linguistica constitutiva do proprio texto original.
Nos meses seguintes aqueles em que realize! a gravagao da narrativa, dediquei-me
a analise linguistica do texto, tendo por preocupa^ao alcangar uma tradugao
linguisticamente apropriada e proxima do movimento retorico existente no
original. Assim, a tradugao acompanhou, passo a passo, o que e dito em Ticuna,
procurando afastar-se o menos possivel dessa lingua. Ao mesmo tempo, sem
desrespeitar caracteristicas gramaticais do Portugues ou tornar o texto estranho
para urn falante nativo dessa lingua, buscou explorar as possibilidades estilisticas
dessa ultima em beneficio do acesso, por parte de quern tern o Portugues como
lingua materna, a beleza e a emogao presentes no texto em Ticuna.
0 processo de estudo e tradugao dessa narrativa foi em parte exposto em trabalho
que publicamos em 1991 e que recebeu o titulo de "Aspectos suprassegmentais e
discurso em Tikuna". Publicado pela Editora da UNICAMP, como parte integrante
‘ Os membros da etnia Ticuna se distribuem por tres paises - Brasil, Peru e Colombia estando a maior parte das
comunidades no lado brasileiro. Para os que desejam se aproximar da lingua Ticuna, quer para informagoes de ordem
mais geral, quer para uma introdugao a aspectos linguisticos mais especificos, e possivel consultar, entre outros, dois
textos que escrevi e se encontram disponiveis no site do Instituto Socioambiental (ISA), na parte desse site relative a
Enciclopedia dos Povos Indigenes no Brasil. Ambos os textos podem ser acessados a partir dos seguinte enderegos:
Detaihe de Manto Ticuna (estilizagao)
Em exposigao no Museu Nacional/UFRJ (Etnologia)
http://pib.socioambiental.org/pt/povo/ticuna/1949; http://pib.socioambiental.org/files/file/PIB_verbetes/ticuna/
lingua_ticuna(l).pdf
do livro Discurso indfgena. A materialidade da lingua e o movimento da identidade,
a certos espagos de tempo - atraves do controle do mecanismo de pausa do
organizado por Eni Puiccinelli Orlandi, o trabalho mencionado contem passagens
gravador usado para a audigao - e refazer ou comentar sequencias no interior de
elucidativas que convem aqui recuperar. Uma delas e a de que a narra^ao, realizada
um trecho do texto isolado'^. Quando langamos mao do ato de fragmentar,
em Janeiro de 1983, durou cerca de quarenta minutos. Uma outra e a de que o
estavamos interessados na constituigao de agrupamentos fonologicos - o que foi
texto correspondente a narrativa foi materializado de duas maneiras: aquela que
explicado no trabalho publicado em 1991 - e, ainda, no modo como falantes
e propriamente esperada de urn linguista (mas nem sempre utilizada por todos
natives bilmgues, que tinham autonomia para fragmentar o texto, transporiam
os linguistas para produgoes linguisticas espontaneas extensas): a transcrigao
para o portugues suas interpretagoes. A essas primeiras interpretagoes, marcadas
fonetica, com inclusao da parte prosodica; e aquela que se valeu de uma
pelo contexto social e historico em que estava inserido quern fragmentava e
representagao escrita, na lingua Ticuna, realizada por um falante nativo. 0 texto
comentava o texto, reunimos o que ja tmhamos alcangado saber sobre a lingua
produzido por Pedro Inacio Pinheiro foi passado, no ano seguinte a sua grava^ao estudada e chegamos, ainda em 1984, a primeira tradugao de toda a narrativa,
(1984), para a escrita na lingua Ticuna por um outro falante nativo, Reinaldo tradugao essa que, operando com efeitos de sentido entre locutores, nada tinha
Otaviano do Carmo - na epoca um dos poucos a possuir e a manter uma relagao de literal.^ 0 resultado do trabalho efetuado nesse primeiro grande momento foi
com a linguagem que passava pelo dommio da escrita. Reinaldo realizou o trabalho formalmente entregue ao proprio narrador e aquele que primeiro representou a
de retirar o texto do gravador em sua propria casa, na aldeia Vendaval, sem a narrativa sob forma escrita. Tambem circulou informalmente durante alguns anos
presenga do pesquisador (no caso, eu) e com a participagao ocasional de outros no interior da comunidade constituida por pessoas interessadas em linguas e
Ticunas, que paravam em sua porta, para ouvir a gravagao e conversar. Ambos grupos indigenas.
os tipos de representagao - a fonetica e a escrita - se fizeram presentes de maneira
0 segundo momento relativamente ao estudo da narrativa em tela e sua tradugao
parcial no mencionado trabalho de 1991, tendo sido ai considerada, para os
se deu quando a introduzi no Curso de Licenciatura para Professores Indigenas
propositos desse mesmo trabalho^ apenas a exibigao material de alguns trechos
do Alto Solimoes. Nas etapas de Janeiro e Julho de 2008 desse curso, o texto foi
do texto gravado. Com relagao ao estudo e a tradugao da narrativa em tela ,
multiplicado e revisto, sob minha supervisao, por cerca de 250 professores Ticunas^
esses se constituiram em processo que envolveu outros falantes, apresentando
bilingues. Aqui a questao da tradugao se recolocou a partir de um tratamento
dois grandes momentos distintos ao longo do tempo.
que tomou o texto como um todo e previu sua utilizagao, sobretudo, nas escolas
Ticunas. Cada professor-revisor contou com um exemplar do texto, tendo havido
0 primeiro momento, refletido no trabalho publicado em 1991, e marcado pelo
ato de fragmentar - que entendemos ser diferente da segmentagao morfologica
As produfoes linguisticas resultantes das fragmentagoes realizadas foram igualmente gravadas. Ou seja: durante o
(um dos procedimentos da analise linguistica) e, ainda, do recorte (uma unidade
processo de fragmentagao de um texto, sempre trabalhei, simultaneamente, com dois gravadores: um para audigao
do texto original e outro para registro do ato de fragmentar.
discursiva trabalhada por analistas de discurso^). No ato de fragmentar, um
^ Sob essa otica, fica descartado o sentido literal e, portanto, a tradugao literal.
determinado falante pode retomar um texto e, a medida que o escuta, interrompe-lo
® Em reuniao da Associagao Brasileira de Antropologia (ABA), ocorrida em 1953, chegou-se a uma convengao sobre o
uso dos nomes de povos e linguas indigenas. Como parte dessa convengao, tem-se que tais nomes seriam sempre
^ No mencionado trabalho publicado em 1991, colocamos como necessaria e primordial a articulagao de aspectos usados no singular e sem variagao de genero (ou seja, com invariabilidade na forma). Acompanhando a maioria dos
suprassegmentais com propriedades discursivas (a partir de duas superficies linguisticas - um texto politico e um especialistas, costumamos seguir essa mesma convengao. No entanto, reservamos uma pratica diferente da
texto mitico Ticuna). convencionada para aquelas situagoes em que ja se tern um uso consagrado, como e o caso de "professores Ticunas",
expressao encontrada, por exempio, no nome da organizagao indigena que cobre o conjunto dos professores dessa
^ Veja-se a Analise de Discurso (AD) francesa.
etnia - Organizagao Geral dos Professores Ticunas Bilingues (OGPTB).
grupos de trabalho sobre o mesmo. Muito do que havia sido feito em termos de sao especialmente significativas para os Ticuna, porque habitualmente longe
tradugao em 1984 se confirmou em 2008, Notas explicativas sobre o universe dos olhos dos membros do grupo indigene que as inspirou. Distantes no espago
Ticuna foram especialmente introduzidas para aqueles que tern o Portugues como e no tempo, tais faces sao caras ao povo Ticuna e compoem urn todo com o
lingua materna e que lerao o texto unicamente a partir de sua tradu^ao. Notas texto narrado.
que contemplam a variagao linguistica ganharam urn lugar no texto escrito em
Ao narrar sua historia, Pedro Inacio Pinheiro, cujo nome em Ticuna e Ngematucu
Ticuna, porque isso e importante nao so para os professores Ticunas, mas para
Aquele que nao tern pinta' (cla da onga), tinha 38 anos de idade. E, ao passa-la
todos os falantes da lingua, que habitam uma area que, ao todo, e bastante
pela primeira vez para a escrita, Reinaldo Otaviano do Carmo - Mepawecu Aquele
extensa. Em outros termos, as notas nas duas Imguas se configuraram em fungao
que tern bico bonito' (cla do mutum) - contava 28 anos. Tantos anos depois,
de dois grupos de leitores, nao sendo traduziveis entre si. E importante registrar
morando em outros pontos da area Ticuna e localizados em outra faixa etaria
que, ao contemplar a variagao linguistica sob a forma de notas e ao te-la tambem
face a falantes muito mais novos, ambos construiram algo que alcangou a
consubstanciada na propria narrativa original, o texto que se apresenta nas paginas
atualidade e merece seguir adiante. Todo o povo Ticuna tern direito a esta historia
a seguir torna-se urn material relevante para o estudo da variagao intralinguistica
e o Brasil, como pais multicultural e multilmgue, tambem.
e, sobretudo, para o estudo da mudanga nas Imguas e para o percurso historico
dos povos que as falam. Por essa via, vincula-se o texto aqui publicado ao projeto
Marilia Faco Soares
"Linguas da Amazonia Brasileira: Variagao, Cognigao e Estudos de Fonologia,
Museu Nacional / UFRJ
Gramatica e Historia" por mim coordenado.
Como edigao bilmgue, este livro apresenta paginas em Ticuna e em Portugues,
com paginas colocadas lado a lado e conforme o projeto original, em que a
tradugao respeita e procura mostrar a beleza do texto em Ticuna. Nele estao
Imagens (fotos, mapas, ilustragoes) que remetem ao universo Ticuna e se
encontram articuladas a historia narrada. E importante registrar que o livro
tambem acoihe faces representatives desse universo pertencentes a espagos e
tempos diferentes. Uma dessas faces diz respeito a culture material Ticuna, que
se faz representar na publicagao nao so por objetos que integram a vida quotidiana,
fotografados em area indigene, mas tambem por aqueles que hoje se encontram Detaihe de mascara utilizada
no Ritual da Moga Nova
abrigados em espago museologico, em especial no Setor de Etnologia do
Acervo: Setor de Etnologia - Museu Nacional/UFRJ
Numero de registro: 33.798
Departamento de Antropologia do Museu Nacional/UFRJ. Uma outra face esta
Coletor; Haeckel Tavares, que a comprou
nas fotos tomadas por Curt Nimuendaju por ocasiao de sues pesquisas junto aos em 1945 ao Frei Fidelis.
Ticuna, ha mais de sessenta anos. Parte do acervo do Centro de Documentagao
de Lmguas Indigenes do Museu Nacional (CELIN- Linguistica/MN/UFRJ), tais fotos
Minha luta pelo meu Povo
Eu mesmo, antigamente existia meu pai para mim, nao
-Tchamanaacu, nucuma i nori i tchama - cuana^? - tchou
e mesmo? Entao eu me criei no TunetuS sou natural do
nangema^ ya tchaunatu, naturu tchama ru Tunetuwa
Tunetu, mas muitas pessoas nao sabem como e minha
tchaya, Tunetuciia' tchi'T i tchama, naturu mu'tima i dutiugu
Vida e minha infancia e onde eu nasci. Eu nasci no Tunetu,
ru tama nuQ nacua'ega na nhunhaacti nayi'Tu i tchoru mau
aquele onde ha muito tempo Yo'i nos pescou, no Eware^,
rij tchoru bu, na ngeta na tchabuQ; tchama tchabu cuana i
dentro do Tunetu, nasci eu.
nagu i tunetti, ngema nu'ctimautchima ngeta Yo'i tuti
i pogtiuwa, ngema Eware nawa ngemau i tunetugu tchabu
^Tunetii significa 'igarape da derrubada'
i tchama.
(derrubada de uma arvore, arupane 'louro')-
^Eware e o local mitico de origenn de todos os Ticuna.
^ WuiguO i dea: cuana, cumana, cuna, cua, cu.
2 Wiiigui) i dea: tchoQ nangema, tchona nangema.
Tehama tchoQ nangema i nhuma ya tchorii taunecu ya,
Agora, existe para mim a minha idade, trinta e oito anos,
38 ya tchoru taunecu, ru naturu yeguma nucuma tchama
mas naquele tempo, antigamente, eu primeiro, na minha
nori, tchabugu ru natauma i mu'uma i taacu bai i ngetaO
infancia, nao tinha muitas coisas, nem existia conselho,
i ucue, tchaunatu ru maneca tagumata ngeta tchoQ
meu pai mesmo nunca deu conselho para mim. Entao,
naucue, noturu^ ngemaetu ru mue'pucuna i tchama ru alem disso, muitas vezes eu fiquei orfao, desde que eu
tchatacu, tchabuguamatama tchatacu, wuime'pu^ era crianga era orfao, desde cinco anos de idade mesmo
yilgutama ya tchoru taunecu, ru tchatacu i tchama, fiquei orfao, eu. Entao, naquela epoca, assim mesmo,
naturu ngeguma ru yemana na tchatacu'iJ ru,
quando fiquei orfao, para o meio dos homens eu fui,
yatijgutanuwa tchau nhaa tchoQgutanuwa tchau para o meio desses brancos eu fui.
^WuiguO i dea: noturu, naturu.
^Nhaa dea ru nannucuma Ticunagugawa: wuime'pii (nuuQ i dea),
wiiinne'epu, wuimee'pii.
Detaihe de mascara utilizada no Ritual da Moga Nova
Acervo: Setor de Etnologia - Museu Nacional/UFRJ
Numero de registro: 32.689
Coletor: Curt Nimuendaju (1941).
^ Minha luta pelo meu Povo
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Mapa desenhado por professores Ticunas