Melastomataceae na Reserva Ecológica de Macaé de Cima, Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil I - Tribos Bertolonieae, Merianieae e Microlicieae

2007·10 MB·Portuguese

by  José Fernando A Baumgratz

MelastomataceaenaReservaEcológica deMacaédeCima,
Nova Friburgo, RiodeJaneiro,Brasil
I- TribosBertolonieae,MerianieaeeMicrolicieae
José Fernando A. Baumgratz', Maria Leonor D’El Rei Souza2
& Rafael dos Anjos Mendes Tavares3
Resumo
(MelastomataceaenaReservaEcologicadeMacaedeCima,NovaFriburgo,RiodeJaneiro,Brasil. I.Tribos
Bertolonieae, Merianieae e Microlicieae) Apresenta-se um estudo sobre a diversidade taxonômica das
MelastomataceaenaReservaEcológicadeMacaédeCima,comenfoquenostáxonsdastribosBertolonieae,
Merianieae e Microlicieae. Foram abordados 11 espécies e uma variedade pertencentes a seis gêneros:
Behuria (2 spp.), Bertolonia (1 sp. e 1 var.), Bisglaziovia (1 sp.), Huberia (4 spp.), Meriania (2 spp.) e
Trembleya (1 sp.). Apresentam-se chaves para a identificação dos 13 gêneros ocorrentes na Reservae dos
táxonspertencentesaosgênerosestudados, alémdedescrições,ilustrações,dadosdedistribuiçãogeográfica
ecomentáriossobreparticularidadesmorfológicas. Behuriaglazioviana,HuberiaparvifoliaeH. triplinervis
sãoendêmicasdeMacaédeCimae,juntamentecomBertoloniagrazielae,Behuriacorymbosa,Bisglaziovia
behurioides e H. minor são endêmicas do estado fluminense. Meriania claussenii e Trembleyaparvijlora
,
representam novas ocorrências para a Reserva.
Palavras-chave:Flora,MataAtlântica,taxonomia.UnidadedeConservação.
Abstract
(MelastomataceaeintheEcologicalReserveofMacaédeCima,NovaFriburgo,RiodeJaneiro,Brazil:I.Tribes
Bertolonieae, Merianieae and Microlicieae) A study ofthe taxonomic diversity ofMelastomataceae in the
Ecological Reserve of Macaé de Cima, covering the tribes Bertolonieae, Merianieae and Microlicieae is
presented Elevenspeciesandonevarietywithinsixgenerawerestudied: Behuria(2spp.),Bertolonia(1 sp.
and 1 var.),Bisglaziovia(1 sp.),Huberia(4spp.),Meriania(2spp.),andTrembleya(1 sp.).Identificationkeys
forthetaxaarealsoprovided,aswellasdescriptions,illustrations,geographicdistributiondataandcomments
about their morphological particularities. Behuria glazioviana, Huberia parxnfolia and H. triplinervis are
endemic to Macaé de Cima and, together with Bertolonia grazielae, Behuria corymbosa, Bisglaziovia
behurioides and H. minor, are endemic to the State ofRio de Janeiro. Meriania claussenii and Trembleya
parviflora represent new occurrences to the study area.
Keywords:Flora,AtlanticForest,taxonomy,ConservationUnit.
Introdução as formações vegetacionais, exceto na
A família Melastomataceae, com cerca caatingasensustricto(Baumgratzetal. 2006).
de 150-166gênerose4.570espéciesnomundo Estafamíliaconstituiumgruponaturalpor
(Clausing & Renner 2001), é pantropical e estar bem caracterizadadentro da sistemática
considerada uma das mais numerosas entre dasAngiospermas,considerando-seprincipalmente
asAngiospermae.Éfloristicamenteabundante a morfologia foliar e estaminal e dados
ediversificadanaAméricadoSuleencontrada macromoleculares. Estudos taxonômicos e
tantoemregiõestropicaisquantosubtropicais. florísticossobreMelastomataceaeneotropicais
No Brasil, registram-se atualmente cerca de ainda têm sido baseados principalmente nas
66 gêneros e 1.500 espécies (Baumgratz & monografiasdeCogniaux (1883-1888, 1891).
Souza2005),ocorrendodesdeaAmazôniaeo Entretanto, trabalhos abordando análise
centro-oesteatéoRioGrandedoSul,emtodas cladística morfológica (Renner 1993) e
Artigorecebidoem06/2006.Aceitoparapublicaçãoem03/2007.
'Programa Diversidade Taxonômica, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, RJ, Bolsista de
Produtividade-CNPq. [email protected]
Departamentode Botânica,UniversidadeFederaldeSantaCatarina,SC. [email protected]
5ProgramaDiversidadeTaxonômica, Institutode PesquisasJardimBotânicodoRiodeJaneiro,RJ.
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798 Baumgratz,J. F.A.; Souza, M. L. D. R. & Tavares, R.A. M.
filogeniamolecular(Clausing&Renner2001 distribuição geográfica e particularidades dos
Conti et al. 1996) têm procurado reavaliar a táxons no ambiente. Além disso, contém uma
sistemáticadafamília,testandoaconsistência chave analítica para identificação de todos os
das tribos e suas relações evolutivas, e gêneros encontrados na área.
propondoumanovaclassificaçãoparaogrupo.
Deacordocomlevantamentosrealizados MaterialeMétodos
em herbários e literatura (Cogniaux 1883-88, AscaracterísticasfisiográficasdaReserva
1891;Rizzini 1953-54;Brade 1956;Baumgratz Ecológicade Macaé de Cimacitadas no texto
1994, 1996;V.Martins 1997;Baumgratzetal. foram obtidas em M. Lima & Guedes-Bruni
2004,2006),noestadodoRiodeJaneiroafamília (1994) e H. Lima & Guedes-Bruni (1997).
temumarepresentaçãoestimadaem27gêneros AReserva,comumaáreadeca.7.200ha.,
e mais de 300 espécies, sendo encontrada situa-se entre as coordenadas 22°2r-22°28’S
desde restingas até florestas pluviais alto- e 42°37’-42°35’W, no município de Nova
montanas e particularmente em Unidades de Friburgo.Orelevoapresenta-semarcadamente
Conservação (UC). Baumgratz et al. (2006), ondulado, com estreitos vales ou abismos
ao abordarem as Melastomataceae na profundos de rochas metamórficas pré-
Reserva Biológica de Poço das Antas, uma cambrianas, formandoumconjuntodepontos
UC na região central do estado fluminense, culminantes, desiguais na forma e tamanho,
comentam sobre a precariedade de estudos com altitude variando de 880 a 1.720 m.s.m.
florístico-taxonômicos para este estado, A maior parte da Reserva é percorrida pela
especialmente nas UCs, onde florestas bem bacia hidrográfica do rio Macaé, cujo curso
preservadas ainda podem ser encontradas. médio estánacotados 1.100 m. É limitadaao
Assim, objetivando dar continuidade ao sul, pelo município de Cachoeira de Macacu,
estudo taxonômico das Melastomataceae na possuindocomoreferênciasorográficasaserra
florafluminense, propõe-se abordarostáxons de Macaé de Cima, ao norte, a serra de São
ocorrentes na Reserva Ecológica de Macaé João,aosul,easerradoTaquaruçu,asudeste.
deCima, outroradenominadadeAlto Macaé. Oclimanaregiãoémesotérmicosempreúmido,
Essaáreatem se mostradocomo umreduto de com pluviosidade média anual entre 1.500 e
diversidadeeendemismodoecossistemaMata 2.000mm, umidaderelativaanual ca. 80%ea
Atlântica (Guedes-Bruni & Lima 1994) e um temperatura média de 17,8°C (mínima de
importantecentroderiquezaparaafamília,com 13,8°C; máximade24,3°C). Avegetaçãoé do
base, principalmente, nas coleções históricas tipoflorestapluvialatlânticamontana(Rizzini
de Glaziou (Glaziou 1908) e nos resultadosjá 1979),situando-sesobrerochascristalinas.Nas
obtidos pelo Programa Mata Atlântica, do maioresaltitudes(1.200-1.400m),encontram-se
Institutode PesquisasJardim BotânicodoRio formaçõesdematasnebulares,comacobertura
m
de Janeiro. Nessa área, constitui o grupo com variandode6a8 dealtura,sendoAsteraceae,
maior número de espécies, incluindo várias MelastomataceaeeMyrtaceaeasfamíliasmais
endêmicas (Baumgratz 1994; M. Lima & representativas(M.Lima&Guedes-Bruni 1994).
Olevantamentodasespéciesfoifeitoem
Guedes-Bruni 1994).
IniciandooestudodafamílianaReserva, literaturaenosherbáriosBR,C,F,FLOR,GUA,
o presente trabalho abrange seis gêneros, HB, K, MO, NY, P, R, RB, RFA, US e RUSU
pertencentes a três tribos - Bertolonia (siglas de acordo com Holmgren etal. 1990).
Expedições científicas foram realizadas
(Bertolonieae), Behuria, Bisglaziovia,
para coletas de espécimes botânicos e
Huberia e Meriania (Merianieae) e
Trembleya (Microlicieae), constando de obtençãodedadosefotografiasdosambientes,
chaves analíticas para identificações das habitats e particularidades morfológicas e de
espécies, descrições, ilustrações, dados de fenologia. Omaterialfoiherborizadosegundo
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técnicasusuais e incorporadoaoHerbário RB Tratamento taxonômico
e duplicatas nos Herbários FLOR e US. Melastomataceae Juss.
No tratamento taxonômico adotou-se o Árvores, arbustos ou subarbustos, às
sistemadeclassificaçãodafamíliaMelastomataceae vezes ervas ou epífitas. Indumento variado,
proposto por Renner (1993), com alterações tanto em partes vegetativas quanto florais.
de Clausing & Renner (2001). Táxons infra- Folhas simples, decussadas, pecioladas, raro
específicos não foram aceitos devido à sésseis (Marcetia), variadas na forma;
inconsistência das circunscrições, exceto nervurasacródromas;domáciaspresentesounão.
quando se dispôs de revisões recentes. As Inflorescênciasdetiposvariados,terminaisou
descrições dos táxons foram restritas à axilares, brácteas e profilos presentes (exceto
Reservae,quandonecessário,complementadas brácteas em Marcetia). Flores hermafroditas,
com dados de literatura. Na caracterização diplostêmones, raro polistêmones, períginas a
morfológica de modo geral utilizaram-se epíginas. Hipanto persistente, raro ausente na
conceitos de Radford et al. (1974), para a frutificação(Bertolonia)\zonadodiscoglabra
descriçãodasinflorescências,osdeWeberling ou pilosa. Cálice de prefloração regular ou
(1988, 1989) e Briggs &Johnson (1979),com irregularmente valvar, persistente ou caduco.
Corola de prefloração torcida, pétalas de cor
modificações, e na tipificação dos frutos e
variada. Estames infletidos no botão floral,
sementes, os de Baumgratz (1985, 2004).
iguais ou desiguais na forma e/ou tamanho,
Dados sobre a distribuição geográfica e
nomes populares foram obtidos em etiquetas anteras retas, curvas a extrorsamente
falciformes, i-2-poradas, raro pseudo 4-
de material de herbário, na literatura e na
poradas ou poro prolongado à semelhança de
comunidadelocal. umarima,conectivoprolongadoounãoabaixo
das tecas, inapendiculado ou apêndice dorsal
Resultados e Discussão
ou ventral. Ovário livre ou adnatoao hipanto,
Olevantamentoinicial naliteraturaeem às vezes por meio de septos, geralmente 3-5-
coleções de vários herbários, nacionais e do locular,usualmentemultiovulado,placentação
exterior, indicava para a Reserva um total de axilar. Frutoscarnosos (bacídiosoubacáceos)
15 gênerose 140 táxons de Melastomataceae, ou secos (cápsulas loculicidas, ruptídios,
entre espécies e variedades. Entretanto, pôde-se bertolonídiosou velatídios),polispérmicosou
atualizarestenúmerodetáxons,considerando-se: oligospérmicos. Sementes obtriangulares,
(a)recentesrevisõesnomenclaturais,ondevários obovadas, ovadas ou cocleares, raro aladas.
sinônimosforampropostos (Baumgratz 1990,
2004; Souza 1998, 2002; Goldenberg 2000; As tribos na Reserva
Baumgratz et al. 2004; Tavares 2005); (b) EstudosfilogenéticosemMelastomataceae
exclusão do gênero Mouriri, que atualmente (Renner 1993; Clausing & Renner 2001) têm
&
integra a família Memecylaceae (Clausing mostradoafragilidadenadelimitaçãodealgumas
Renner2001);(c)exclusãodeClidemia,devido tribos,tomandoporbaseostradicionaissistemas
àidentificaçãoequivocadadoúnicoespécime declassificaçãodeCogniaux(1883-1888, 1891).
assinaladoporGlaziou(1908);(d)anãoaceitação Aquelesautorespropõemnovosagrupamentosde
de variedades descritas para Leandra e gênerosecircunscriçõesdetribose assinalam
MiconiaporCogniaux(1883-88, 1891)devido relaçõesfilogenéticasentreostáxons.Entretanto,
àinconsistênciade suascircunscrições. Dessa Clausing&Renner(2001),combaseemdados
forma,naReserva, afamíliaestárepresentada moleculares,reconhecem,nomínimo,deztribos
por 13gênerose 110táxons,integradosemcinco (grandes grupos), restabelecendo algumas
tribos; Bertolonieae(1 sp.e 1 var.);Merianieae suprimidas nos estudos de Renner(1993), que
(9spp.);Miconieae(83spp.e 1 var.),Microlicieae utilizou apenas caracteres morfológicos, e
(1 sp.) e Melastomeae (14 spp.). ampliando acircunscrição de outras.
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800 Baumgratz,J. F. A.; Souza, M. L D. R. & Tavares, R.A. M.
Apesar de uma nova classificação para MelastomeaeL.: Estamesdimórficos,de
asMelastomataceaeaindanãoestartotalmente dois tamanhos, com o conectivo nitidamente
concluída, adota-se no presente estudo as prolongadoabaixodastecas,apêndiceventral.
&
proposições de Renner (1993) e Clausing Frutoscapsulares, nuncaobtriquetros. Ovário
Renner (2001) por destacarem características coroado de tricomas persistentes. Sementes
morfológicas compartilhadas por grupos de levemente achatadas lateralmente, cocleares,
gênerosepossibilitaremcircunscreverastribos não rostradas, com testa granulosa, papilosa,
de maneira mais consistente. Desse modo, as reticuladaou reticulado-foveolada. Marcetia
(
tribos com gêneros representados na Reserva - I sp., Tibouchina - 13 spp.).
podem ser distintas por características Miconieae DC.: Estamesisomórficosou
principalmente do estame, fruto e semente. subisomórficos, em geral iguais ou subiguais
Bertolonieae Triana: Herbáceas. notamanho,comconectivocurtamenteounão
Inílorescênciasescorpióides.Estamesdimórticos, prolongado abaixo das tecas, inapendiculado
subiguaisemtamanho,comconectivoprolongado ou com apêndice dorsal, formando ou não
abaixo das tecas, inapendiculado ou com projeçõesventrais.Frutoscarnosos. Sementes
apêndice ventral ou dorsal. Frutoscapsulares, freqüentementeobpiramidas,comtestapapilosa,
obtriquetros.Sementesachatadaslateralmente, granulosaouaparentementepsilada.(Henriettella
rostradas, não aladas, com testatuberculadae - 1 sp.,Leandra -36 spp., Miconia-40 spp.,
papilosa. (Bertolonia - 1 sp. e 1 var.). Ossaea-2 spp. e 1 var., Pleiochiton-4 spp.).
MerianieaeTriana: Estamesdimórficos, MicroUcieaeTriana:Subarbustosaarbustos
desiguaisoudedoistamanhos,comconectivo freqüentementemicrófilos.Estamesdimórficos,
geralmente não prolongado abaixo das tecas, dedoistamanhos,comoconectivonitidamente
às vezes inconspícuo-prolongado, com prolongado abaixodas tecas, apêndice ventral.
apênd2i.ce dorsal, raro inapendiculado. Frutos Ovárioglabrooupiloso.Frutoscapsulares,nunca
capsulares, nunca obtriquetras. Sementes obtriquetros. Sementesachatadaslateralmente,
achatadasdorso-ventralmenteoulateralmente, retilíneas a levemente curvas, oblongas ou
obtriangulares, cuneadas, lineares, oblongas, ovado-obovadas,nãorostradas,rarolevemente
elípticas ou obovadas, aladas ou não, raro aladas, testa foveolada. (Trembleya - 1 sp.).
rostradas, testa áspera a granulada. (Behuria - DetodososgênerosocorrentesnaReserva,
2 spp., Bisglaziovia5.- 1 sp., Huberia -4 spp., apenas Bisglaziovia é endêmico da flora do
Meriania - 2 spp.). estadodoRiodeJaneiro(Baumgratzetal. 2004).
Chave para identificação dos gêneros de Melastomataceae
na Reserva Ecológica de Macaé de Cima
Pleiochiton
1. Plantas epífitas
V. Plantas terrestres.
Cálice unilobado, laciniado ou raro truncado, neste caso, lacínias formando uma bainha
sinuosapós-antese,oucáliceinconspícuo-bilobado(lobosexternosreduzidosadentículos
punctiformes ou mamilares), irregularmente endentado; frutos secos.
3. Flores pentâmeras.
4. Lacíniasdocáliceinconspícuas,irregularmenteendentadasou indiferenciadas, neste
casoformandoumabainhasinuosa;estamescomapêndicedoconectivodorsal,porção
ascendente paralela à antera Meriania
4’. Lacínias do cálice distintamente desenvolvidas; estames inapendiculados ou com
apêndice do conectivo ventral ou dorsal, neste caso, nunca ascendente.
Ervas;inílorescênciasemcimeirasescorpióides;ovário3(-4)locular;cápsulas
dotipobertolonídio;sementes rostradas Bertolonia
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5’. Subarbustos,arbustosouárvores;inflorescêndasdeoutrostipos,nãodecimeirasescorpióides;
ovário5-locular;cápsulasdeoutrostipos,nuncabertolonídios;sementesnãorostradas.
6. Inflorescêndasaxilares;anterascomporoamplo,conectivonãoprolongadoabaixo
das tecas, inapendiculado; sementes oblongas, aladas Bisglaziovia
6’ Inflorescêndasterminais;anterascomporodiminuto,conectivoprolongadoabaixo
das tecas, com apêndice ventral; sementes cocleares ou oblongas, não aladas.
7. Face abaxial das folhas com indumento glanduloso-papiliforme; anteras
oblongas,retilíneas,comápicelevementeestreitado,nãosubulado,formando
umcurtotuboterminal;ováriolivrenointeriordohipanto;sementesoblongas
Trembleya
T Face abaxial das folhas com outros tipos de indumento, não glanduloso-
9. papiliforme; anteras linear-subuladas, curvas a falciformes, com ápice
atenuado, não estreitado nem formando tubo terminal; ovário parcialmente
adnato ao hipanto; sementes cocleares Tibouchina
3’. Flores tetrâmeras ou hexâmeras.
8 Folhas 0,6-0,7 cm compr.; flores solitárias; conectivo bastante espessado na base,
sob as tecas, e com apêndice ventral; sementes cocleares Marcetia
8’ Folhas2 6-24cmcompr.;floresreunidaseminflorescêndas;conectivonãoespessado
10. nabase,sobastecas,ecomapêndicedorsal;sementesdeoutrasformas,nuncacocleares.
Flores hexâmeras; cápsulas loculicidas; sementes obtriangulares e achatadas
Behuria
lateralmente
9’ Floresterâmeras;ruptídios; sementeslineares,elípticasouobovadaseachatadas
Huberia
dorso-ventralmente
2’ Cáliceapenasbilobado,laciniado,lobosexternosgeralmenteconspícuos,àsvezesinconspícuos
ou obsoletos e reduzidos a dentículos, nãopunctiformes nem mamilares; frutos carnosos.
Inflorescêndas axilares, dispostasem nós folhosos e/ou áfilos, nestecaso, geralmente ao
longo das porções inferiores dos ramos.
Árvores; inflorescêndas fasciculadas; cálice truncado a levemente ondulado
11
Henriettella
li- Arbustos;'"inflorescêndas não em fascículos; cálice distinto laciniado, não truncado
Ossaea
nemondulado
10’. Inflorescêndas terminaise/ou pseudo-axilares, às vezes axilares apenas em nós folhosos
nas extremidades dos ramos, neste caso, subentendendo inflorescêndas acessórias e
nunca dispostas em nós áfilos.
10 Botõesfloraisepétalasdeápiceagudoaacuminado;lobosexternosdocálicemaiores
Leandro.
que os internos
12’. Botões florais de ápice obtuso e/ou arredondado; pétalas com ápice arredondado ou
assimetricamenteemarginadoouretuso;lobosexternosdocáliceinconspícuos,menores
Miconia
que os internos
Behuria Cham., Linnaea 9: 376. 1834. persistentes. Flores 6-meras, pediceladas;
Arbustos.Indumentoalémdeglanduloso- hipanto campanulado; zona do disco glabra;
pontuado,tambémdeoutrostipos. Folhascom cálice com lacínias unilobadas, crassas,
lâminas papiráceas, margem com dentes triangular-subuladas; pétalas obovadas,
agudosemembranáceos,nervurasacródromas glabras;estamessubiguaisemtamanho,filetes
basais.Inflorescêndasterminais,pedunculadas; glabros, anteras oblongas, abruptamente
brácteas foliáceas, pecioladas, brácteas não atenuadas no ápice, base bilobada, um poro
foliáceas crassas, e profilos, crassos. terminal, conectivo nãoprolongado, apêndice
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802 Baumgratz,J. F. A.;Souza, M. L D. R. & Tavares, R. A. M.
dorsal linear-subulado, descendente; ovário achatadas lateralmente, aladas, ala estreita,
livre na maior parte do seu comprimento no membranácea.
interior do hipanto, 4-locular, prolongamento Gênero endêmico do Brasil, constituído
apicalausente,ápiceinconspicuamente4-lobado, de 14 espécies e com distribuição restrita à
piloso; estilete glabro. Cápsulas loculicidas, Região Sudeste e no estado do Paraná, mais
polispérmicas; sementes obtriangulares. ao sul (Tavares 2005).
Chave para identificação das espécies de Behuria
Indumento dos ramos, inflorescências e hipanto hirsuto-glanduloso; folhas com 5 nervuras
1.
acródromas; profilos 1,5-2 mm cornpn; pétalas com ápice obtuso B. corymbosa
1’. Indumentodosramos,inflorescênciasehipantohirto-ehirtelo-glanduloso;folhascom7nervuras
acródromas; profilos 5-6 mm compr.; pétalas com ápice arredondado-emarginado
B. glazioviana
BehuriacorymbosaCogn. inMart. &Eichler, filetes4-5,5 mm,anteras3-3,5x0,4-0,5 mm,
Fl. bras. 14(4): 13, t. 3, fig. 1. 1886. conectivo com apêndice ca. 3 mm; ovárioca.
Fig. la-f 3x 1,5-2,5 mm,ápicepubescente-glanduloso;
Arbustos.Indumentoglanduloso-pontuado estilete ca. 7,5 mm. Cápsulas 4-6,5 x 5-6
e hirsuto-glanduloso nos ramos, pecíolos, mm; sementes 1,4-1,5 x0,3-0,5 mm.
nervuras acródromas na face abaxial das Materialexaminado:21.VII.1892,fl.efr.,A. FAí.
folhas, inflorescências, brácteas, profilos, Glaziou 19342 (P).
hipanto e face abaxial das lacínias do cálice, Materialadicional:RIODEJANEIRO:Teresópolis,
cabeçasglandularescaducasounão.Folhascom SerradosÓrgãos,IV.1870,fl.efr.,A. FAí. Glaziou
3970(C,F,P,R;fotoRB);1.1883,fl.,J.deSaldanha
pecíolo 1—4 cm; lâmina 5,4-12,5 x 3-8 cm, 6870 (R); s.d., fl., C. A. W. Schwacke 4623 (RB).
papirácea, ovada a elíptica, base arredondada Petrópolis,III.1889,fr.,A. FAí. Glaziou 17563(R;
a subcordada, ápice agudo a acuminado, fotosdeB-F,NY);Localnãoindicado,s.d.,fr.,A. F.
margem serreada a bisserreada, ciliado- Aí. Glaziou 17560(C).
glandulosa, cabeça glandular caduca, ambas Endêmica do Rio de Janeiro, restrita a
as faces glanduloso-pontuadas e setoso, Serra dos Órgãos e Macaé de Cima, em
setuloso-epubescente-glandulosas;5 nervuras campos de altitude.
acródromas. Tirsóides corimbiformes, de De acordo com o espécime Glaziou
mônade e dicásios, 6-13 cm; brácteas 19342, B. corymbosa ocorre em Macaé de
foliáceas com lâmina 40-46 x 20-25 mm; Cima, embora esteja equivocadamente
brácteas não foliáceas 1,5-2,5 x 0,5-2 mm, identificado como Heterotrichum octomun
oblongas,ápiceagudo,apiculado-glanduloso, (Bonpl.) DC. var. brasiliensis Cogn.
margem crenulado-ciliolada; profilos 1,5-2 Depreende-se que houve um engano na
x 0,3-0,5 mm, oblongos. Hipanto 3-4 x 2- identificação, apesar de Glaziou (1908) listar
3,5 mm; lacínias 3,5-7 x 0,4-0,8 mm, essa coleta para esta variedade e assinalar
glanduloso-apiculadas, apículo caduco; Alto Macaé de Nova Friburgo. Com base na
pétalas 13-14 x 7-9 mm, ápice obtuso, revisão do gênero (Tavares 2005) pôde-se
glanduloso-apiculado,apículocaducoounão; identificar o exemplar como B. corymbosa e
estames ante-sépalos com filetes 6-7,5 mm, confirmaradistribuição restrita desta espécie
anteras 3,5^1 x ca. 0,5 mm, conectivo com para o estado fluminense e sua classificação
apêndice3,5-4mm;estamesantepétaloscom na categoria “em perigo de extinção”.
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Figura 1 - Behuria corymbosa Cogn. - a. ramo florífero; b. profilo; c. flor; d-e. estames ante-sépalo e antepétalo,
rleonsgpietcutdiivnaamlendtoe;ovfá.riesotielveitdee(nGcliaaznidooua3d9n7a0ç)ã.oBpeahrucriailaagolahziipoavnitaoneapCiolgons.id-adeg.apriacmalo;fkl.ocríáfpesruo;lah.lopcruolfiicliod;a,i.cfolomr;bjr.ácsteecaçsãoe
profilos persistentes; 1. semente (Glaziou 17563a).
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cm .. 13 14 15 16 17 lí
804 Baumgratz,J. F.A.; Souza, M. L. D. R. & Tavares, R. A. M.
Behuria glazioviana Cogn., in A & C. De BertoloniaRaddi,Mem.Mat.Fis.InAttidelia
Candolle, Mon. Phan. 7: 415. 1891. Ital. Delle Sei. 18: 384,fig. 3. 1820.
Fig. lg-1 Ervas eretas ou prostradas; rizomatozas;
Arbustos.Indumentoglanduloso-pontuado indumento glanduloso-pontuado ou também
ehirto-ehirtelo-glandulosonosramos,folhas, hirsuto, setuloso ou glanduloso-viloso; caule
inflorescências,brácteas,hipantoefaceabaxial geralmente áfilo e nodoso em direção à base.
daslacíniasdocálice.Folhascompecíolo0,9- Folhas rígido-membranáceas; nervuras
5,-4cm; lâmina6-7,5 x3,5-5 cm,ovada,base acródromasbasais.Inflorescênciasdecimeiras
1
cordada a subcordada, ápice agudo a escorpióides, terminais; brácteas e profilos
acuminado, margem bisserrada, ciliolado- persistentes ou caducos. Flores 5-meras,
glandulosa, cabeça glandular caduca; 7 pediceladas; hipanto caduco na frutificação;
cálice unilobado, lobos internos reduzidos a
nervurasacródromas.Cimóidescorimbiformes
ou não, de dicásios ou também de mônades, bainhasinuosa,caduconafrutificação;pétalas
7 cm; brácteas foliáceas 12-18 x 2-5 mm; asluvbaisg,uraoissadeams atalmilaansheso,noasntbeorradsosa;measrtealmaess,
b6r-ácteas não foliáceas 5-7 x 1 mm, elípticas, oblongasouoblongo-subuladas,curvas,conectivo
ápice agudo, serreado-cilioladas; profilos 5-
curto-prolongado, apêndicedorsal,calcarado,
6 x mm, oblongos, ápice agudo-apiculado,
1 nunca ascendente; ovário livre no interior do
margem inconspícuo-ondulada. Hipanto ca.
hipanto, ovado-subtriangular, prolongamento
4x5 mm; cálice com lacínias 6,5-8 x 0,5-
apicaltrilobado, 3(-4)-locular,glabro;estilete
0,6mm,margemciliolada,apiculadas;pétalas glabro ou glanduloso na base. Bertolonídios,
ca. 15x6mm,ápicearredondado-emarginado; obtriquetros,rarosubtetragonais,3(-4)-alados,
estames ante-sépalos com filetes 7-9 mm, polispérmicos;sementesachatadaslateralmente,
anteras 4-5 x 0,8-1 mm, conectivo com nãoaladas,obovadas,rarooblongas,rostradas,
apêndice 4-4,5 mm, antepétalos com filetes testa tuberculada e papilosa.
6,5 mm, anteras 3-3,5 x 0,5-0,6 mm, Distribui-se pelas regiões neotropical e
conectivo com apêndice 2,5-3 mm; ovário subtropical,estandoconstituídode 16espécies
ca. 4,5 x 2,5 mm, ápice setoso-glanduloso; e uma variedade brasileiras e uma espécie
estilete ca. 10 mm. Cápsulas 6-7 x 5-6 mm; endêmica da Venezuela. No Brasil, ocorre ao
sementes 1,5-2 x 0,5 mm. longo dacosta atlântica, desde SantaCatarina
Materialexaminado: 18.11.1889, fl. efr.,A. F. M. atéPernambuco,excetoemSergipeeAlagoas
Glaziou 17563a (holótipo, P; foto de P - RB; (Baumgratz 1990).
isótipos,C,K,R,RB;fotosdeB-F,NY). Glaziou (1908) assinala B. acuminata
Endêmica de Macaé de Cima, caracte- GardnerparaaregiãodeMacaédeCima,com
rizando um padrão de distribuição do tipo base na sua coleta 19344b, assinalando que
micro-endemismo e sendo classificada como estaria depositada no herbário R. Entretanto,
“criticamente em perigo”, pois não tem sido essa coleção não foi localizada, nem mesmo
coletada há mais de 100 anos (Tavares 2005). por Baumgrtaz (1990) quando fez a revisão
Está representada apenas pela coleção-tipo, do gênero, razão pela qual esta espécie não
coletadacomfloresefrutosnomêsdefevereiro. foi tratada no presente estudo.
Chave para identificação dos táxons de Bertolonia
1. Pecíolo apenas glanduloso-pontuado; lâmina foliar obovada, as vezes elíptica, base agudo-
cuneada, às vezes decorrente; hipanto glanduloso-pontuadoe densamente glanduloso-viloso
B. grazielae
1 Pecíologlanduloso-pontuadoehirsuto;lâminafoliarelípticaouovadaaorbicular,basecordado-
'.
lobada;hipantoapenasglanduloso-pontuado B. sanguínea var. santos-limae
Rodriguésia 58 (4): 797-822. 2007
SciELO/JBRJ
cm 13 14 15 16 17 18
..
81
MelastomataceaenaReservaEcológicadeMacaédeCima 805
Bertolonia grazielae Baumgratz, Arq. Jard. sobre as nervuras acródromas na face abaxial
Bot. RioJaneiro 30: 130 fíg. 51.1990. dasfolhas,esetulosonafaceadaxialdasfolhas,
,
Fig.2a-d em direção aos bordos; caule às vezes hirsuto
Ervas 15-20cmalt.;indumentoglanduloso- nos nós. Folhas compecíolo 1-12 cm; lâmina
pontuado e também setuloso na face adaxial 5_24x3-15cm,elípticaouovadaaorbicular,
das folhas e glanduloso-viloso no hipanto. base cordado-lobada, ápice agudo a
Folhascompecíolo 1-5 cm; lâmina3,2-17,6x arredondado-mucronado, margem crenulada;
1,8-7,5 cm, obovada, às vezes elíptica, base 5-7 nervurasacródromas. Dicásiossimplesou
agudo-cuneada, às vezes decorrente, ápice compostos, de cimeiras escorpióides, raro
agudo a obtuso, margem inteira na base, cimeirasescorpiódes, 10-24cm; brácteas 15-
serrulada para o ápice, inconspícuo-ciliolada; 20x 10-18mm,elípticasaovadas,baseeápice
3 nervuras acródromas. Tirsóides de cimeiras agudos, margemserreada; proftlos 1-5 x0,5-
escorpióides ou de dicásios de cimeiras 1,5 mm, carnosos, ovados a oblongos, ápice
escorpióides, 2,8-4,2 cm; brácteas não vistas; agudoaarredondado,margeminteira.Hipanto
profilos 1,1-1,3 x 0,2-0,3 mm, oblongos a 4-6 x 2,8-4,2 mm, tubuloso, glanduloso-
lanceolados, ápice agudo, margem inteira. pontuado;corolacupuliforme;cálice 1,8-3mm,
Hipanto 2,5-3,2 x 3-3,5 mm, campanulado; carnoso, lacínias 1-2,4 x 2-2,5 mm, ovadas,
corola não cupuliforme; cálice 5,2—6,3 mm, ápice agudo, margem inteira; pétalas 14-15,5
membranáceo,lacínias4,5-4,7x5-6mm,ovadas, x 8,7-9,5 mm, eretas, obovadas, ápice agudo;
ápice agudo-acuminado, margem laciniada, estames inclusos, filetes 8-9 mm, anteras 9-
pétalas 7-7,5 x 4-6 mm, patentes, obovadas 10mm,oblongo-subuladas,curvas,conectivo
ou elípticas a suborbiculares, ápice agudo- prolongado 1-1,5 mm, apêndice 0,8-1 mm,
acuminado, esparsos tricomas glandulares na agudo; ovário 3-4 x 2-3 mm, prolongamento
base;estamesexsertos,filetes3—3,5mm,anteras apical 1-1,2mm;estilete 12,5-13 mm,glabro.
3,3-3,6 mm, oblongas ou oblongo-subuladas, Bertolonídios8-11x7-10mm;sementes0,6-
levementecurvas,conectivoprolongadoca.0, 0,7x0,3-04mm.
mm,apêndice0,2-0,3mm,obtuso;ovário2,8- Materialexaminado:30.XI.1891,fl.,A.F.M.Glaziou
3x2,2—2,4mm,prolongamentoapical0,7-0, 19343(C,BR,K,P).
mBemr,toleostniíldeitoesc7a.-96xm7m-,9 mglma;ndsuelmoesnotensa0b,a4s5e.- MMaatdearlieanla,adIiVc.i1o9n3a2l,:fRr.I,OA.DCE.BJrAaNdEeI&ROJ:.SSaannttoasMLairmiaa
11735(R); XII.1932, fr.,J. Santos LimaJr. s.n. (R
M0,a5texri0a,l28e-x0a,m3i6namdmo.:30.X1.1891,flefr.,A. F.M. (1h1o4l8ó5ti1p,oR,BR4B5;11f7o)t;oXs,I.F1,93R4B,;fl.,2J3..SXaIn.t1o9s8L3,imfar.2,8T3
Glaziou19344(holótipo,K;isótipos,C,BR,K,R)- Plowman&H.C.Lima12924(F,US); 18.VI.1986,
Materialadicional:RIODEJANEIRO:Petrópolis, est., G. Martinelli et al. 11752 (RB). Local não
serradoAriro, 19.VI.1868,est.,A.F.M.Glaziou2572b indicado: s.d.,est.,A. F.M. Glazious.n. (C).
(parátipo, BR); Rio deJaneiro, FlorestadaTijuca,
picada do Papagaio, 10.XU.1869, fl. e fr., A. F. M. Acreditava-se que essa variedade fosse
endêmica do município de Santa Maria
Glaziou2572c(parátipo,RB;isoparátipos,C,K,P).
Endêmica do estado do Rio de Janeiro, Madalena,noRiodeJaneiro(Baumgratz 1990).
ocorrendo na Reserva e no Parque Nacional da Porém, com base na coleção Glaziou 19343
FlorestadaTijuca.Coletadacomfloresnomêsde (P),ocorretambémemMacaédeCima.Cresce
novembroecomfrutos,emnovembroedezembro. em matas primárias, em lugares sombrios de
encosta, florescendo nos meses de novembro
Bertolonia sanguínea var. santos-Umae ajaneiro; frutos são observados em agosto e
dezembro. A variedade típica ocorre nos
(Brade)Baumgratz,Arq.Jard. Bot. RioJaneiro
30: 109,fig.4e. 1990. Fig.2e-j municípios de Magé e Teresópolis e se difere
Ervas 15-30 cm alt.; indumento pelo indumento hirsuto apenas na base ou, às
glanduloso-pontuado e hirsuto no pecíolo e vezes,atéaregiãomedianadopecíolo,naface
Rodriguésia 58 (4): 797-822. 2007
SciELO/JBRJ
13 14
806 Baumgratz,J. F.A.; Souza, M. L D. R. & Tavares, R.A. M.
Figura2—BertoloniagrazielaeBaumgratz—a.hábito;b.botãofloral;c.fruto;d.sementes(Glaziou 19344).Bertolonia
sanguínea var. santos-limae (Brade) Baumgratz — e. ramo frutífero; f. detalhe da pilosidade da nervura acródroma
mediananafaceabaxialdalâminafoliar;g.botãofloral;h.flor;i.estame;j.sementes(SantosLima283;sementesSantos
LimaJr. s.n. RB 45117).
Rodriguésia 58 (4): 797-822. 2007