Table Of ContentAs Mentiras em que Acreditamos
J. R. Nyquist
Tradução:
Wilson Filho Ribeiro de Almeida, 2021
Em pântanos rasos
24/09/2019
— E eu vi uma grande tristeza cair sobre a humanidade. Os
melhores se cansaram de suas obras. Surgiu uma doutrina,
acompanhada pela fé: 'Tudo é vazio, tudo é um, tudo é passado!' E
de todas as colinas ecoou: 'Tudo é vazio, tudo é um, tudo é
passado!' De fato, nós colhemos: mas por que todas nossas frutas
tornaram-se podres e marrons? O que foi que caiu da lua do mal na
noite passada? Em vão foi todo o nosso trabalho; o nosso vinho se
tornou veneno; um mau-olhado murchou nossos campos e
corações. Todos ficamos secos... Todos os nossos poços secaram;
até o mar se retraiu. Todo o solo deveria rachar, mas a profundeza
se recusa a devorar. 'Ai de nós, onde haverá ainda um mar em que
se possa se afogar?' Assim lamuriamos em pântanos rasos.
— Friedrich Nietzsche, Assim Falou Zaratustra
Nossa grande vergonha — a vergonha da geração atual — é a forma
como fomos enganados: primeiro, pelo suposto colapso do comunismo;
segundo, por nossa tolerância para com as promessas de políticos socialistas
que negam ser socialistas; e, terceiro, chegando a tolerar um falso conjunto de
alegações que deveriam ter sido descartadas como sendo loucura — como a
obsessão de gênero e raça dos dias de hoje, como a política da mudança
climática, como o romance de nossa cultura com os homossexuais e os
transexuais. É, como Nietzsche intuiu, um pântano raso no qual ouvimos o
refrão: "Tudo é vazio, tudo é um, tudo é passado." É a crise do niilismo
europeu.
Quando a União Soviética de certa forma desapareceu, fomos
informados de que a subversão comunista era coisa do passado. Depois
elegemos os comunistas internamente, embora essas pessoas negassem o seu
marxismo e ocultassem suas conexões subversivas — alguns de nós não
foram enganados. Mas o público não quis ouvir nosso aviso. O socialismo
avança de forma constante, em ritmo acelerado, de forma insistente,
militante, com presas e garras de prontidão. Agora estamos presos à medicina
socializada, que corrompe a boa medicina. A carga tributária da saúde
"gratuita" irá efetivamente tomar o lugar dos gastos com a defesa. Ninguém
se atreve a rejeitar dinheiro de impostos para as cirurgias da vovó (embora a
medicina socializada tenha mais probabilidade de matar a vovó do que de
salvá-la). Em prol de nossa compaixão, diga adeus aos batalhões navais,
divisões de tanques e alas aéreas. Nós, afinal de contas, não precisamos deles,
né? A ameaça do socialismo totalitário terminou em 1991.
Mas não terminou, e eles nos seguram pela garganta. E agora ficamos
presos numa situação insustentável depois da outra. Sim, eles nos levaram à
medicina socializada e estão nos levando à histeria do aquecimento global.
Em breve nossa sociedade estará financeiramente arruinada e nossos inimigos
terão a balança do poder em suas mãos. Nossos intelectuais do "mainstream",
que dominam o governo e a mídia, já garantiram que o nosso arsenal nuclear
se desmantelasse. Não há como sobreviver a esses idiotas educados — gente
com cérebros enormes, mentes pequenas e nenhum instinto sequer.
William F. Buckley reconhecidamente disse que ele "preferiria viver
numa sociedade governada pelos primeiros dois mil nomes da lista telefônica
de Boston do que numa sociedade governada pelos dois mil membros do
corpo docente da Universidade de Harvard". Mas Harvard venceu, e Stanford
e Yale, e…
Recentemente terminei de ler as memórias do professor de Stanford
Michael McFaul, sobre a formulação de políticas no governo Obama. Foi
uma leitura difícil, porque McFaul é um entusiasta politicamente correto do
tipo mais enfadonho, repetitivo e exasperante. Ele acredita em feminismo,
mudanças climáticas, paz mundial e democracia. Ele é um fantasista político
pronto para investir numa fazenda de raios lunares se tiver a menor
oportunidade. Eis um trapalhão bem-intencionado, um arquiteto da política
de reconfiguração de Obama na Rússia, que vagamente (meio que) admitiu
ter traduzido mal a palavra "reset" ("reconfigurar", "reiniciar") no botão que
Hillary Clinton deu de presente ao ministro das Relações Exteriores russo,
Sergei Lavrov, em 2009. McFaul tem uma seriedade multicultural tão
ofuscante que nunca deveriam ter-lhe ensinado a ler ou dado permissão para
escrever. A doença interna que aflige pessoas desse tipo já foi descrita por H.
L. Mencken como "a vontade de acreditar". Como formulador de políticas,
McFaul é perigoso em qualquer velocidade; um simplório inteligente cujo
conselho nunca deve ser seguido e cujas prescrições são fatais.
McFaul, é claro, detesta o presidente Trump; provavelmente pelas
mesmas razões por que Claire Berlinski o detesta; a saber, por conta da
evidente inclinação não-intelectual do presidente, a qual se classifica, na
análise de Claire, como "analfabetismo". Somos informados de que o
presidente não gosta de ler. A incapacidade de Trump para cargos
importantes começa aqui, precisamente onde começa o autismo da classe
dominante. Ah sim, eu sei que eles lêem. Mas, na minha experiência, eles não
lêem com discernimento, e são atraídos pelos livros errados. É um
intelectualismo permeado de autopiedade, desonestidade e malícia. Pode-se
dizer, neste assunto, que nossos intelectuais são odiosos porque lêem.
Nietzsche sabia que havia um problema com os intelectuais há mais de
130 anos. Em Assim Falou Zaratustra, Nietzsche escreveu: "Mais outro
século de leitores — e o próprio espírito cheirará mal." No parágrafo
seguinte, ele explicava: "A permissão para que todos aprendam a ler arruína,
a longo prazo, não apenas a escrita, mas também o pensamento."
Muito poucos são capazes de pensar, de se ater aos fatos, de adiar o
julgamento. O caráter é decisivo aqui. O entusiasta imediatamente acredita,
se entusiasma, aplaude. Este é McFaul e toda a tribo de idiotas úteis da elite.
Cobrindo o seu flanco, e aproveitando ao máximo a sua ingenuidade, está a
tribo dos gangsters intelectuais, os niilistas e os odiadores revolucionários. Eu
preferiria os instintos "iletrados" de Trump ao niilismo "letrado" dessas
pessoas a qualquer momento.
Não que a aversão de Trump pela leitura seja algo para comemorar. Eu
entendo as limitações de quem não lê bons livros. Porém, mesmo assim,
Trump é melhor do que os literatos de esquerda que o desprezam. Se ele é
mau, como sugere Claire Berlinski, então ele é menos mau do que eles.
A virtude viril combinada com um forte instinto às vezes conta mais do
que a razão na vida do homem. Como geralmente acontece, a razão ou se
prostitui para justificar a arrogância do ego frágil, ou se humilha diante do
fato objetivo motivada por uma abundância de força interior. Este último caso
é relativamente raro hoje em dia. Portanto, é apropriado ter cuidado com os
intelectuais. E digo isso como alguém que reverencia a inteligência, que
acredita na instrução, mas que está decepcionado com os intelectuais como
classe. Tenho visto maldade covarde em demasia em nossos literatos para
alimentar quaisquer ilusões a seu respeito. É preciso ir mais longe que
Nietzsche ao condenar essas pessoas. Conceder instrução aos ímpios é como
dar pedicure a uma hiena.
Considere o que nossas hienas intelectuais fizeram: idéias falsas são
promovidas em toda parte. A nova religião dos intelectuais é o socialismo, e
ele está se instalando em todos os lados. Ele devora a semente de milho do
futuro. Ele engana e corrompe o público. E assim que obtiverem um controle
suficiente do poder, usarão de violência contra qualquer um que os
contradiga. Eles não estão interessados no primado da lei. É por isso que a
nova religião do socialismo estabeleceu tantos estados totalitários em todo o
mundo — na Rússia, na China, em Cuba, na Coréia do Norte, no Vietnã, na
Venezuela, na Nicarágua, em Angola, no Congo e outros mais. As pessoas
nesses países não têm direitos. Elas são bens móveis. E seus governantes
socialistas sempre se revelam criminosos, assassinos e destruidores. Mas
todos eles começaram como intelectuais.
Percebe para onde estamos indo?
Thomas Carlyle certa vez observou que "o homem nunca se entrega
totalmente à Força bruta, mas sempre à Grandeza moral". Eis a base para uma
fraude: a imposição de uma imitação de grandeza moral (também conhecida
como "Politicamente Correto"). Assim, perdemos contato com a verdadeira
grandeza moral.
A nova religião dos intelectuais — o socialismo — é uma doutrina que
promete nos levar à falência, financeira e intelectualmente. Aqueles que têm
dúvidas, que discordam da nova doutrina, são imorais. Devem ser ignorados,
ou então são rotulados de sexistas, racistas ou nazistas. Nós mal
consideramos o que é que racismo ou sexismo seriam, caso fossem algo
diferente de um rótulo usado para destruir pessoas que discordam de políticas
específicas — seja no direito da família, imigração ou segurança nacional.
Um verdadeiro racista não é incomodado por tal rotulagem e certamente
não é destruído por ela. Em vez disso, ela é o seu emblema de honra. Com
mais freqüência, o rótulo de "racista" foi projetado com um conjunto
diferente de vítimas em mente; pois é inteiramente possível concluir que se é
favorável a uma imigração restringida e à eliminação do "direito ao aborto"
devido a um senso superior de moral e prudência; não devido um desprezo
malicioso por mulheres ou estrangeiros.
É possível se opor ao divórcio, ao aborto e ao feminismo sem sentir
animosidade em relação às mulheres. É possível, de fato, que alguns de nós
estejam honestamente preocupados com a sobrevivência de nossa própria
espécie, e de nosso modo de vida, sob um regime que insiste que as mulheres
devem ter carreiras em vez de filhos. Poderíamos admitir que nossos
ancestrais, cujos livros de regras jogamos fora, foram sábios e cuidadosos ao
preservar costumes que eram sustentáveis? E agora que herdamos o que a
prudência e previsão deles obtiveram, chamamos sua prudência de racismo e
sua previsão de sexismo.
Somos estúpidos?
A guerra que realmente está acontecendo, em nosso tempo, é uma guerra
contra nossos ancestrais e contra o Criador; uma guerra de ingratidão — de
ingratidão monstruosa, autodestrutiva.
Veronica Kamenskaya, uma blogueira de Moscou, comentou certa vez o
declínio da civilização ocidental e pós-soviética. Ela disse que a civilização
cristã geralmente não permitia o divórcio. E então, abrimos uma caixa de
Pandora virtual. "Assim que o divórcio foi legalizado na França", escreveu
Veronica, "os homens começaram a se divorciar de suas esposas para se casar
com mulheres mais jovens". No início, 85–90 por cento dos divórcios eram
iniciados por homens. A França viveu um baby boom. Então, observou
Veronica, "a pílula chegou à França em 1969 e o aborto foi legalizado em
1975. Em meados dos anos 80, ocorreu uma mudança drástica". Antes de
1970, a maioria das mulheres francesas, se trabalhassem, eram empregadas
como escriturárias ou secretárias sem muita importância — antes do
casamento. A partir do final da década de 1960, segundo Veronica, "as
francesas começaram a adquirir prestígio e a ganhar um bom dinheiro; de
forma que o casamento deixou de ser a melhor e única solução para os
problemas financeiros e sexuais enfrentados pelas mulheres francesas."
Nesse momento, dar filhos à luz deixou de ser inevitável. Em 1987, 90
por cento dos divórcios franceses eram iniciados por mulheres. A respeito
dessa estatística, Veronica refletiu: "Os franceses causaram isso a si mesmos.
Eles destruíram a família, que é a mais preciosa de todas as instituições." Por
que uma mulher buscaria segurança no casamento quando seu marido poderia
descartá-la para se casar com uma esposa mais jovem? Melhor seria, para
uma mulher, então, se ela tivesse uma carreira em vez de filhos. Veronica não
é uma cientista social, mas mesmo assim ela percebe algumas das forças em
ação por trás da degeneração européia. A taxa de natalidade da Europa entrou
em colapso. O estado facilitou esse colapso, com suas leis de divórcio sem
culpa. Em conseqüência, a Europa está em falta de gente. E isso nos leva à
beira de uma crise sem precedentes. Para compensar essa falta de gente, a
Europa importou milhões de trabalhadores muçulmanos; tantos, na verdade,
que a Europa está gradualmente se transformando em algo chamado Eurábia.
Aqui encontramos uma transição do "sexismo" para o "racismo". Todos,
é claro, já ouviram falar da Constituição dos Estados Unidos. É a lei suprema
do país. As primeiras dez emendas à Constituição são conhecidas como "a
Carta de Direitos". Os americanos hoje ouvem muito sobre "direitos" e muito
pouco sobre as medidas práticas necessárias para garantir esses direitos.
Muitos americanos esqueceram que você não pode ter uma constituição a
menos que tenha um país; e você não pode ter um país a menos que o
defenda contra inimigos, estrangeiros e domésticos. No fundo, toda
constituição deve ser interpretada de forma que o direito natural do país à
autodefesa não seja cancelado por um emaranhado crescente de direitos
individuais e das minorias que sufocam as necessidades da defesa nacional.
Então, aqui estamos nós, lutando com a pergunta: os muçulmanos têm o
direito de erguer uma mesquita próxima ao "marco zero" em Manhattan? O
direito à liberdade religiosa, supostamente garantido pela Constituição,
protege os muçulmanos da discriminação nos Estados Unidos? Ele os protege
contra as barreiras à imigração, contra a desconfiança e a antipatia da
população nativa? Ele permite que eles construam uma mesquita próxima ao
próprio lugar onde "guerreiros" islâmicos fizeram uma grande ferida no
horizonte da maior cidade da América?
O que quer que pensemos da Constituição, ela não pode proteger os
muçulmanos da inimizade que o Islã gera onde quer que o seu estandarte
tenha sido levantado. Na verdade, a Constituição não foi escrita para proteger
a nação do Islã, ou várias colônias dessa nação plantadas em nosso meio. A
Constituição em nenhum lugar diz que os muçulmanos têm o direito de vir
para os Estados Unidos, construir mesquitas ou estabelecer sua própria
cultura como parte de uma colcha de retalhos multicultural celebrada como
um novo tipo de nação (que efetivamente nega o que a América foi outrora).
Não é por isso que a Constituição foi estabelecida. Conforme afirmado no
Preâmbulo, nossa Constituição foi estabelecida "a fim de formar uma União
mais perfeita, estabelecer a Justiça, garantir a Tranqüilidade doméstica,
providenciar a defesa comum, promover o Bem-Estar geral e assegurar as
Bênçãos da Liberdade para nós mesmos e nossa Posteridade..."
Vale a pena repetir a última frase — "para nós mesmos e nossa
posteridade". Não há nenhuma referência aos muçulmanos, explícita ou
implícita. Eles não pertencem à nossa nação. Eles não são "nós mesmos e
nossa posteridade". Além disso, devemos prestar muita atenção aos objetivos
da Constituição. Como é que a presença de milhões de muçulmanos nos
Estados Unidos torna uma "União mais perfeita" ou "assegura a
Tranqüilidade doméstica"? Claramente, a presença de uma colônia
estrangeira em nosso meio serve para promover desunião e agitação.
Como os árabes reagiriam se construíssemos uma igreja cristã em
Meca? Sua reação violenta seria imediata e letal. Os muçulmanos são
inimigos da América? No momento, é inconveniente dizer isso; mas na
medida em que os muçulmanos são como unitaristas, eles não são inimigos.
Na medida em que levam a sério o Alcorão e seus ensinamentos, sua
inimizade é estabelecida por seus próprios preceitos. Se uma pessoa
realmente acredita no Alcorão, ela não pode ser americana sem zombar do
que os americanos são. É importante dizer mais uma vez: se um muçulmano
é apenas um seguidor nominal do Profeta, não há nada de mal nele. Ele
poderia abandonar sua fé e se tornar um americano. Por outro lado, se um
muçulmano é um muçulmano a sério, seguindo os ensinamentos do Profeta
de maneira consistente e consciente, então ele não pode ser um cidadão dos
Estados Unidos de boa-fé. Sua lealdade é para com Alá e para com a Nação
do Islã. Ele não pode servir a dois senhores. Maomé não instruiu seus
seguidores a "dar a César o que é de César…" A fé muçulmana não concorda
com essa máxima. Por essa e outras razões, a cultura muçulmana não pode
coexistir facilmente com a cultura americana.
O Deus adorado pelos muçulmanos é diferente do Deus adorado pelos
americanos. É um erro pensar que muçulmanos e americanos podem, no
final, viver pacificamente juntos no mesmo país. Tal projeto, se persistir,
concederá uma guerra religiosa à nossa posteridade. Poderíamos igualmente
escrever um novo Preâmbulo para a Constituição "a fim de formar uma
Desunião mais perfeita, estabelecer o Politicamente Correto, garantir a
Desordem doméstica, sabotar a defesa comum, promover o caos geral e
assegurar as Bênçãos da Ditadura Militar para nós mesmos e nossa
Posteridade." Então, pelo menos, nossas palavras se alinhariam melhor com
nossa política. Claro, somos tolos e ingênuos em nosso pensamento, e quase
não merecemos nossos ancestrais, na medida em que deixamos de considerar
a verdadeira situação de nossa posteridade.
Poucos têm coragem de apontar o caminho desastroso que estamos
seguindo. Os americanos têm o dever de ler a história do Islã. Ali encontrarão
uma religião espalhada pela espada; um fanatismo militante que varreu o
Império Romano, conquistou a África, a Espanha e os Bálcãs. Eis uma guerra
que durou séculos, na qual milhões de cristãos foram massacrados e
escravizados. Quando exatamente o Islã declarou que a sua guerra contra a
cristandade havia acabado? Quando os muçulmanos devolveram aquelas
terras tomadas dos cristãos?
Ainda assim, a doutrina do politicamente correto faria o Ocidente se
desculpar com o Islã pelo legado do colonialismo. Dada a história do Islã e a
história dos Estados Unidos, apenas um tolo poderia imaginar que o Islã e a
América poderiam ser misturados com segurança. Mas hoje temos esta
fórmula, inventada e levada adiante pela esquerda política, chamada de
"multiculturalismo". Na verdade, o multiculturalismo é meramente uma
negação da cultura americana e uma rejeição da noção de que os imigrantes
devem se integrar e se tornar americanos.
Com relação a isso, uma cultura que é representada por todas as culturas
não é americana. É tudo menos americana. Seria como dizer que todo mundo
na terra é, de fato, americano; que cada cultura representa a cultura
americana. Se isso for aceito como verdade, então não poderá haver cultura
americana e toda a herança real da América será apagada com um único
golpe. Se este não é o objetivo daqueles que promovem o multiculturalismo,
então eles se abriram para um sério mal-entendido. Pois parece que seu
projeto é destruir os Estados Unidos da América usando o multiculturalismo
como arma para desarmar e desorientar o povo americano, retirando o
conceito de "nação", substituindo-o por conceitos que lhes permitirão jogar
um jogo de "dividir e conquistar".
Uma nação é um grupo de pessoas unidas ao longo de gerações por
laços culturais e sociais, pela língua e pela história, por valores e costumes
comuns. Não pode ser um amálgama de todos os povos e todas as culturas,
com conexões tênues e costumes contrários. Isto não é um país ou uma
cultura, mas uma Torre de Babel. No entanto, dizem-nos para nos tornarmos
essa Torre de Babel e, assim, perder nossa identidade nacional única, ao
mesmo tempo em que engendramos uma guerra civil. Essa doutrina
erradicaria totalmente a América, deixando nada além de uma paisagem de
crateras. Permitir que milhões de muçulmanos entrem nos Estados Unidos, e
dizer que são americanos, é uma espécie de insanidade — a menos que sejam
muçulmanos nominais.
Se um muçulmano quer se tornar americano, é evidente que ele deve
abandonar a sua religião em um sentido fundamental, ou então podemos
desistir de nosso país; pois ele não pode acreditar no Islã enquanto faz um
juramento sincero de fidelidade à Constituição; pois o Profeta Maomé não
teria aprovado a Constituição dos Estados Unidos. Ele teria pedido por sua
anulação e pela criação de um califado, e muitos de seus seguidores hoje em
dia entendem isso.
Do lado americano, é claro que os Pais Fundadores não estabeleceram
este país como um lugar para os seguidores de Maomé colonizar e subverter.
Essa não era a intenção deles, nem olhariam com bons olhos para os
descendentes que interpretaram a Constituição como um instrumento para a
proteção de uma colônia islâmica dentro dos Estados Unidos. Eles
considerariam qualquer interpretação assim incrivelmente estúpida,
pertencente a alguma nova espécie de idiota americano.
Como pode já estar imediatamente evidente aos mais inteligentes, é uma
inversão imaginar que uma constituição vem primeiro e uma nação vem em
segundo lugar, como se a nação fosse criada para a constituição em vez de a
constituição para a nação. Com esse erro vem a idéia de que os direitos
individuais superam a existência nacional, de modo que podemos alargar o
conceito de "direitos" mesmo que esse conceito leve a um desmantelamento
geral da existência nacional. Não há direito legítimo que com efeito
desintegre a nação que o observe; pois seria absurdo propor princípios
políticos que pressagiam a destruição daqueles que os defendem, como seria
absurdo propor leis que acabarão levando à negação de toda lei.
Não só o indivíduo tem o direito de legítima defesa, mas também a
nação tem o direito de legítima defesa. Pois, se não houvesse nação, não
poderia haver nenhuma unidade para organizar a defesa efetiva do indivíduo.
Além disso, não devemos fingir que o suicídio nacional é de alguma forma
um ideal iluminado. Não é nada desse tipo. E aqueles que desprezam o
estado-nação não são progressistas, mas sim seguem um caminho que leva de
volta à Idade das Trevas. Patriotismo nacional não é sinônimo de racismo ou
coletivismo. Amor à América não significa ódio contra os muçulmanos, ou