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CRUZADAS
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VISTAS PELOS
• ARABES
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Em 1876 o crítico Jules Castagnary, escre
vendo sobre uma exibição de pintura di
zia que como por encanto todo mundo
começara a pintar o Oriente: "um Oriente
imaginário que ninguém j amais havia vis
to ou conhecido. Delacrois em seu atelier
pintou o episódio do massacre de Quios
(1824), Victor Hugo deu cores aos seus
"orientais" (1927), enfim os canhões de
Navarone estalaram. O Oriente estava
aberto para a criação de nossos pintores..."
Devaneio e fantasia: atributos ocidentais
para supor um oriente exótico, estranho
e idealizado.
A imaginação sobre o Oriente sempre foi
romantizada. A proposta de um univer
so desconhecido e mágico se mesclava
com um raciocínio que versava sobre o
maravilhoso e o fantástico. Desde logo se
desenvolveu uma percepção que mostra
va o espaço oriental como uma terra de
odaliscas, haréns, misteriosos mercados,
comidas, depositário de objetos místicos.
Tudo feito para o encantamento dos oci
dentais "civilizadores", homens abertos à
aventuras cujos cenários seriam as areias
dos desertos, as cidades amuralhadas e a
inconquistabilidade social dos habitantes.
Os enigmas do mundo árabe têm motiva
do pesquisadores de todas as áreas, porém
ainda estamos longe das sínteses explica
tivas e das análises abrangentes. Desafios
como a língua, a diferença dos valores
morais e o entendimento do convívio de
códigos tão diferenciados ainda se colo
cam como entraves. Contudo, desde a cri
se do petróleo (1973), tem-se feito um es
forço para que as explicações sobre às lon
gínquas terras das "mil e uma noites" se
façam presentes.
O livro de Amin Maalouf, As Cruzadas
Vistas pelos Arabes se coloca no ociden
te como um possível caminho para um
trânsito desejável entre os dois mundos
desconhecidos. Como rico baú trazido
As Cruzadas Vistas pelos Árabes
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, Jerusalém)
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V Limite da expansão dos
*1 Chawbdk Estados francos por
volta de 1128
As Cruzadas Vistas
pelos Árabes
Tradução
Pauline Alphene
Rogério Muoio
Revisão tecntca
José Carlos Sebe •
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editora brasiliense
Copyright © by Amin Maalouf, 1983.
Título original em francês: Les Croisades vues par les Arabes
Copyright da tradução brasileira: Editora Brasiliense S.A.
Nenhuma parte desta publicação pode ser gravada,
armazenada em sistemas eletrônicos, fotocopiada,
reproduzida por meios mecânicos ou outros quaisquer
sem autorização prévia da editora.
Primeira edição, 1988
4a edição, 1994
3a reimpressão, 2007
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Revisão: José Waldir Santos Moraes
Capa: Isabel Carballo
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
___________ (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)________
Maalouf, Amin.
As cruzadas vistas pelos Árabes / Amin Maalouf;
tradução de Pauline Alphene, Rogério Muoio;
revisão técnica José Carlos Sebe. - São Paulo : Brasiliense, 2007.
Título original:Les croisades vues par les Arabes.
3a reimpr. da 4. ed. de 1994.
Bibliografia
ISBN 85-11-13078-0
1. Cruzadas - 2. Império islâmico - História - 750.1258
3. Historiadores Árabes I. Título.
07-8956 CDD-909.07
índices para catálogo sistemático:
1. Cruzadas: História 909.07
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Indice
Prefácio .............................................:............................................................. 9
Prólogo ............................................................................................................ 11
PRIMEIRA PARTE
A Invasão (1096-1100)
1 — Os franj estão chegando ..................................................................... 17
2 — Maldito fabricante de couraças ......................................................... 30
3 — Os canibais de Maara ................................:....................................... 45
SEGUNDA PARTE
A Ocupação (1100-1128)
4 — Os dois mil dias de Tripoli ............................................................... 65
5 — Um resistente de turbante ................................................................ 85
o
TERCEIRA PARTE
A Resposta (1128-1146)
6 — Os complôs de Damasco ................................................................... 107
7 — Um emir entre os bárbaros ............................................................... 119
QUARTA PARTE
A Vitória (1146-1187)
8 — O santo rei Nureddin ......................................................................... 137
9 — A corrida em direção ao Nilo ........................................................... 151
10 — As lágrimas de Saladino ........;.......................................................... 166
QUINTA PARTE
O Sursis (1187-1244)
11 — O encontro impossível ........................................................................ 191
12 — O justo e o perfeito ............................................................................ 204
SEXTA PARTE
A Expulsão (1244-1291)
13 — O chicote mongol ................................................................................219
14 — Praza a Deus que eles nunca mais coloquem os pés aqui.............229
Epílogo .........................t....................................................................................241
Notas e fontes ..............................................................................................246
Cronologia .........................................................................................................251