Table Of ContentA herança do Absurdo
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Reitor
João Carlos Salles Pires da Silva
Vice-reitor
Paulo César Miguez de Oliveira
Assessor do reitor
Paulo Costa Lima
EDITORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Diretora
Flávia Goulart Mota Garcia Rosa
Conselho Editorial
Alberto Brum Novaes
Angelo Szaniecki Perret Serpa
Caiuby Álves da Costa
Charbel Niño El Hani
Cleise Furtado Mendes
Dante Eustachio Lucchesi Ramacciotti
Evelina de Carvalho Sá Hoisel
José Teixeira Cavalcante Filho
Maria do Carmo Soares Freitas
Maria Vidal de Negreiros Camargo
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Gil Vicente Tavares
A HERANÇA DO ABSURDO
Salvador | EDUFBA | 2015
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2015, Gil Vicente Tavares.
Direitos dessa edição cedidos à Edufba.
Feito o Depósito Legal.
Capa e Projeto Gráfi co - Lúcia Valeska Sokolowicz
Revisão e Normalização - Letícia Rodrigues e Larissa Machado de Queiroz
Foto da Capa - Carlos Barral, Quarteto (Teatro NU, 2014)
Foto da Orelha - Julianna Oliveira
Fotos das Separatrizes
Introdução - Adele Audisio, Quarteto (Teatro NU, 2014)
Capítulo 1 - Ana Lee, Os javalis (Teatro NU, 2010)
Capítulo 2 - Adenor Gondim, Sade (Teatro NU, 2015)
Capítulo 3 - Andréa Magnoni, Quarteto (Teatro NU, 2014)
Capítulo 4 - Adenor Gondim, Sargento Getúlio (Teatro NU, 2012)
Conclusão - Carlos Barral, Sade (Teatro NU, 2015)
Apêndices - Ana Lee, Os javalis (Teatro NU, 2010)
Sistema de Bibliotecas – UFBA
Tavares, Gil Vicente.
A herança do absurdo / Gil Vicente Tavares. - Salvador: EDUFBA, 2015.
317 p.
ISBN 978-85-232-1435-7
1.Teatro do absurdo - História e crítica. 2. Absurdo na literatura. 3. Tavares, Gil Vicente -
Crítica e interpretação. 4. Mayorga, Juan - Crítica e interpretação. 5. Russo, Letizia - Crítica e
interpretação. 6. Vargas, Aristides, 1954 - Crítica e interpretação. I. Título.
CDD - 808.209
Editora afi liada à:
Editora da UFBA
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AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente, à Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia
(ETUFBA) e, particularmente, aos seus professores, por me iniciarem nesse
mundo Absurdo do teatro, de onde eu nunca consegui retornar totalmente. Foi
na ETUFBA, também, que escrevi minha tese de doutorado que se transformou
no presente livro.
Agradeço à minha orientadora Evelina Hoisel a condução sutil e competente
da minha pesquisa. Aqui vai também meu agradecimento à minha banca, Cleise
Mendes, Cássia Lopes, Vera Motta e Paulo Vieira, pela leitura atenta e observa-
ções precisas; sem esquecer Mario Bolognesi, membro da banca de qualificação,
também importante na trajetória de escrita da tese.
Devo especial agradecimento aos professores Ewald Hackler, Catarina
Sant’Anna e Cleise Mendes por perceberem, incentivarem e estimularem em
mim uma ideia do Absurdo.
A Jorge Silva Melo, encenador e dramaturgo português, agradeço o contato
com a nova dramaturgia europeia e o envio de farta bibliografia para minha pes-
quisa, presenteando-me com material essencial para uma percepção menos li-
mitada do universo dramático atual. Através de Jorge Silva Melo, pude conhecer
Letizia Russo – a pessoa e a obra –, bem como as peças de Juan Mayorga, com
quem tive o prazer de trocar correspondências.
A Letizia, sobretudo, agradeço a amizade criada, as conversas sobre a drama-
turgia contemporânea, a tradução de boa parte da minhas peças e a disponibili-
dade em conversar sobre a própria criação.
Não posso esquecer Luis Alberto Alonso, que me presenteou com um livro
contendo peças de Arístides Vargas e, sendo idealizador do Festival Latino-Ame-
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ricano de Teatro, me colocou pela primeira vez em contato com a obra de Vargas,
encenada pelo próprio, despertando em mim a ideia de citá-lo nessas reflexões.
Peço desculpas a todos que me ajudaram, de uma forma ou de outra, e eu,
absurdamente, esqueci de citar. Foram muitos os que iluminaram esse caminho
que se conclui agora.
Uma luz, no entanto, foi fundamental, efetiva e afetivamente. As considera-
ções feitas por Ildásio Tavares, poeta, dramaturgo, compositor, pós-doutor em
Letras e, acima de tudo, meu pai, foram essenciais antes que ele partisse dessa
vida. Haverá sempre um imenso resto dele em mim e essa tese é também o re-
sultado da experiência de ter tido, ao meu lado, um grande homem e um grande
pai. Terminei a tese citando um poema dele: tese que ele não viu ser concluída,
mas que pôde por ele ser comentada em boa parte. A ele eu agradeço e dedico
essa obra; eu, mais que tudo, uma obra inacabada dele.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
11 | Teatro do Absurdo ou Absurdo no teatro?
CAPÍTULO 1
31 | O nascimento do Absurdo
32 | Tchekhov e a aporia
42 | Kafka e o desloucamento
53 | O conceito de atonia
CAPÍTULO 2
67 | Ideias e características do Absurdo
68 | Beckett e a atonia
69 | O TEMPO É LARGO PARA ENVELHECERMOS
73 | AS LÁGRIMAS AGRIDOCES DE FIM DE PARTIDA
78 | Ionesco; uma ideia do teatro
82 | AS TRÊS UNIDADES E O ABSURDO
82 | Unidade de lugar
83 | Unidade de tempo
85 | Unidade de ação
88 | A trans-historicidade
93 | Características do Absurdo
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97 | DESLOUCAMENTO DA AÇÃO: A ESPIRAL INFINITA
101 | DESLOUCAMENTO DO PERSONAGEM
102 | O ser
105 | A linguagem
109 | DESLOUCAMENTO DE LUGAR: O CONCEITO DE ENTULHAMENTO
CAPÍTULO 3
115 | Renovação e reinvenção do Absurdo
119 | Um equilíbrio delicado
129 | MROZEK, BERNHARD, HANDKE E SHEPARD: QUATRO CAVALHEIROS
DO PÓS-ABSURDO
130 | A política pelo avesso: o Absurdo em Mrozek
135 | O HÁBITO E O TRÁGICO: A FORÇA DO ABSURDO EM BERNHARD
143 | HANDKE: ENTRE OS ATOS EM SILÊNCIO E OS TROPEÇOS EM PALAVRAS
153 | SAM SHEPARD E SUA ABSURDA AMÉRIKA: HISTÉRICA E FEÉRICA
CAPÍTULO 4
159 | A herança impressentida
161 | Os vestígios inevitáveis do Absurdo
162 | O RESTO CONTINUA IGUAL: JUAN MAYORGA E A DISSECAÇÃO
DO HOMEM
171 | “A GUERRA NÃO PODE ACABAR”: LETIZIA RUSSO, O HOMEM E O CÃO
DO HOMEM
182 | Ditadura e desdita do Absurdo
185 | ABSURDO VULNERÁVEL E RAZÃO BLINDADA: ARÍSTIDES VARGAS E A MEMÓRIA
RETALHADA
197 | Um diálogo Absurdo: Gil Vicente Tavares e eu
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