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PESQIJISASOCIAL
Métodoseléenicas . . . : i . Roberto Jarr Riche
É crescente o interesse e a necessidaciepelo estiMo dol métodos e das técnicas de pes-
quisa nas relaçöes socialé, nâo apenas nocsn hcaemcipmoes ñdtao Sociologia, Educaçäo e Psico- e Colaborâdores
logia, como tambéni ém outras áreas de e äm ativldadôë protisslonals. -
Desse modo, pbdenise oncoñtrar diversos tipos dé necessldados que o estudo dos mé-
todol e técnicas de pesqulsa podem satisfazer, soja o estudante interössado em conhe-
ceros iñstrumentos de pesquisa para sousirabaihos acadômicös, o pesquisadorpreocu-
padoem alcançar verdade ciehtifica sobre o domportamënto social, ou o profisslonal
envolvido em tarefas de avaiiaço de relatórios que chegam emsuasmâos para sorem
analrsados e utilizados como instrumentos confiáveis para a tomada de decisäo Entre
esses profissionals destacam se os analistas de pesquisas de mercado, de pesquisas de
opinläo de pesquisas de comunicaçâo e de propaganda
Percebe se que a pesqutsa social nao se restringe apenas av âmbito académico poden
do levar sua contribulçäo para urna diversidade de atividacies como rnelhorla dos servi
ces publicos planejamento a longo prazo de programas governamentais e privados di
minuiçâo de confiltos nas relaçées de trabaiho, amenizaçäo de tensöes soclals e cote
cimento de mercado para lançamento ou modificaç5o de produtos
Este livro procura reunir os mais importantei métodos de pesquisa dlsponivels, possibi-
litando ao leitor o acesso aos instrumentos básicos que oráo utilizados para melhorar as
técnicas e sua apllcaçäo eficaz em novas áreas que exigem imaginaço e criatividade E
um texto introdutório que trata em detaihes dos seguintes assuritos formulaçáo de pro
blemas planojamento da pesquisa e coleta de nformaçóes, elaboraçáo do um plano de
pesqulsa execuçäo da pesquisa, anâlise das técniöas do coleta ecoditicaçäo de dados
preparaçáo de questionarlos amostraùem testes e escalas de atltudes, encerrando corn Métodos e Técnicas
aelaboraçäodorelatórlòdepesjuisá
NOTASOBREOAUTOR:
ROBERTO JARRY RICHARDSON é licenciado em Sociologia pela Unlversidade CatO
lica do Chile M A em Sociologia da Educaçâo pela Stanford Univrslty, Ph D em Edu
caçâo também pela mesma universidade e pOs doutorado em Educaçâo pela Stanford
UniversIty e University of Massachusetts E professor de Técnicas de Pesquisa em Edu
caçào I e Il e coordenador de Pesquisa de Mostrado em Educaço na Unlversidade Fe
deraldaParaíba(UFPb).
. . ..
APLICAÇAO
. . . .
Livro-texto peráa discIplIna MÉTODOS E TÉCNICAS DÈPESÖUISNMETODOLOGIA
DE PESQUISA dos cursos de Educaçäo, Sociologia slcoiogIa, Comunìcaçäo Social e
Economia. Leltura complementar para as disipllnas PESQUISA DE MERCADO e PES-
QUISA DE OPINIAO dos cursos de Administmaçáo de Empresas e Comunicaço Social.
Leituma de interesse para pesquisadomès e profissionais da área de Pesquisa de Merca-
dos. Livro de ret erôncia para estudantes de pós-gmaduaçäo envolvidos na preparaço de
teses e dissertaçöes académicas.
publicoçbo nUb:
:.
Jçí -
.
Revista e Ampliada
- . -- . . 7 8522421114
PDF compression, OCR, web optimization using a watermarked evaluation copy of CVISION PDFCompressor
i:
ROBERTO JARRY RICHARDSON
t.
Colaboradores
José Augusto de Souza Peres t:
José Carlos Vieira Wanderley
Lindoya Martins Correia
Maria de Holanda de Melo Peres
Métodos
e Técnicas
K.
3t
Ediçäo revista e ampliada
t..
sÃO PAULO
PDF compression, OCR, web optimization using a watermarked evaluationED IcToORpAy A ToLAf SC SAV. I-S 20I1O2 N PDFCompressor
0t011
© 1985 by Editora Adas SA. /' 44
1. ed. 1985; 2. ed. 1989; 3. ed. 1999; 14. reimpressâo 2012
Capa: Roberto de CasUo Polisel "oo.nzio
Composiçäo: Uno-Jato Editoraçâo Gráfica
Dados Intemacionais de Catalogaçáo na Publicaçio (UP)
(Cámara Brasileira do Llvro, SP, Brasil) SUMARIO
Richardson, Roberto Jarry,
Pesquisa social: métodos e técnkas / Roberto Jarry Richardson; colaboradores José Augusto
de Souza Peres ... (et al.). -. 3. ed. - 14. reimpr. - São Paulo Atlas, 4012.
ISBN 978-85-224-2111-4 Frefácio, 13
1. Ciências sociali - Metodologia 2. Pesquisa social I. Peres, José Augusto de Sousa. 11. TItulo. PROCESSO DB PESQUISA, 15
1.1 Para que pèsquisar?, 16
1.1.1 Pesquisas para resolver probleMas, 16
CDD-300.72
85-0672 -300.18 1.1.2 Pesquisas para formular teorias, 16
1.1.3 Pesquisas para testar teorias, 16
Índices para catálogo sistemático: 1.2 Atitude do pesquisador, 17
1.3 Consideraçôes epistemológicas, 18
1. Metodologia Ciências soclais 300.18
2. Pesqulsa social Clêndas socIali 300.72
2 CONHECIMENTO E METODO CIENTÍFICO, 20
3. Pesquisa social Planejamento Clênclas socials 300.72
4. Planejamento Pesquisa social : Clências socials 300.72 2J Método científico, 21
2.2 Origens do método científico, 22
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS -É proibida a reproduçáo total ou pardal, de qualquer 2 .3 Elementos do método científico, 23
forma ou por qualquer meio. A violaçáo dos direltos de autor (Lei n' 9.610/98) é cite 2.4 Características do método científico, 25
estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal. 2.4.1 Observaçäo, 26
2.4.2 Formulaçäo de urn problema, 26
Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto n' 1.825, de 20 de dezembro de 1907. 2.4.3 Jnfoçmaçòes referencinis, 27
2.4.4 Hipiteses, 27
Impresso no Brasi]/Pñnted in Brazil 2.4.5 Predìflo, 28
2.4.6 Experimentaçäo, 28
2.4.7 Análises, 29
2.5 Método científico nas Ciências Sociais, 29
Editora Atlas SA. 3 EPISTEMOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO, 32
R01u2a0 C3-o9n0s4e lbSeãboo PNauélboi a(sS, P1) 384 (Campos Elisios) 3 . 1 Positivismo lógico, 32
3A.l Método indutivo, 35
Tel.: (011) 3357-9144
PDF cwowwm.EdpitorraeAdsass.coimo.bnr , OCR, web optimization using a watermarked evaluation copy of CVISION PDFCompressor
t:
5 ?ESQUI5A SOCIAL SUMAIUO 7
4.8.1 1' fase, 67
3.1.2 Método dedutivo, 37
4.8.2 21 fase, 68
3.1,3 Importância e críticas ao positivismo, 37
4.9 Coleta de dados, 68
3.2 Estruturalismo, 38
3.2,1 Origens e características do estruturalismo, 39 4.10 Análise dos resultados, 68
3.2.2 Procedimentos do método estruturalista, 40 4.11 Referéncias bibliográficas, 68 ç.
3.2.3 Características e exigências científicas do modelo estrutural, 42 4.12 Cronograma e orçaniento, 69
3.2.4 Procedimentos para urna aiiálise estruturalista, 42
5 MÉTODOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS, 70
3.2.5 Importância e problemas do estruturalismo, 43
5.1 Métodos quantitativos, 70
3.3 Materialismo dialético, 44
3.3.1 Materialismo, 44 5.1.1 Crítica aos métodos quantitativos, '77
5.2 Métodos qualitativos, 79.
3.3,2 Dialética, 45
3,3,3 Características do método dialético, 46 5.3 Critérios científicos que devem cumprir ambos os métodos, 87
3.3.3.1 PrincIpios do materialismo dialético, 46 5.3.1 Confiabiidade, 87
3,3.3.2 Leis do materialismo dialético, 48 5,3,2 Validade, 87
3.3.3.3 Categorias do materialismo dialético, 49 5.4 Complementaridade de ambos os métodos, 88
3.3.3.4 Exigéncias e cuidados da dialética como método, 53 5.4.1 Aporte do. método qualitativo ao quantitativo, 88 1
3.3.3.5 Cuidados, 53 5.4.2 Aporte do método quantitativo ao qualitativo, 89
3,3.4 Importhncia e críticas à dialética, 54
6 PESQUISA QUALITATIVA CRÍTICA E VÁLIDA, 90
3.4 Para concluir, 54
6.1 O que é Sesquisa qualitativa?, 90
4 ROTEJRO DE UM PROJETO DE PESQUJSA, 55 6.2 0 que é pesquisa social crítica?, 92
4.1 Justificativa, 55 6.3 Pode a pesquisa qualitativa ser crítica e válida?, 94
4.1.1 Partes de uma justificativa, 56 6.3.1 Seleçâo e famuliarizaçäo com o local de pesquisa, 95
4.2 Definiçäo do problema, 57 6.3.2 Relaçöes corn os entrevistados, 96
4.2.1 Fenómeno versus tema, 57 6,3.3 Coleta de informaçöes,. 96
4.2.2 Produçäo de conhecimento em pesquisa, 58 6.3.4 Análise das informaçöes, 98
4,2.3 Condiçöes para a determinaçäo de um problema, 59 6.3.5 Prep araçäo do relatório, 99
4.2.4 Marco teórico ou quadro referencial, 60 6.4 Generalizaçäo, 100
4.2.5 Etapas da definiçäo do problema ou mareo teórico, 60 6.5 Conclusoes, 102
4,3 Objetivos da pesquisa, 62
7 FOEMIJLAÇÄO DE HIPÓTESES, 104
4.3,1 Objetivos gerais, 62
4.3.2 Objetivos específicos, 63 7.1 Requisitos das hipóte ses, 106
4.3.3 Formulaçäo de objetivos, 63 7.2 Tipos de hipóteses, 108
4.4 Hipóteses, 64 7.2.1 Segundo o número de variáveis e a relaçâo entre elas, 108
4.4.1 O que fazer?, 64 7.2.1.1 Hipótese com uma variável, 108
4.4.2 Exigências para a formulaçäo de hipóteses, 64 7.2.1.2 Hipótese corn duas ou mais variáveis e urna relaçäo de
4,5 Definiçào operacional das variáveis, 65 associaçäo, 109
4.6 Especiflcaçäo do plano de pesquisa, 66 7.2.1.3 Hipótese com duas ou mais variáveis e uma relaçäo de
dependência, 109
4,7 Especificaçao do universo e amostra, 6
PDF com4,8p reInsstrusmieontnos, dOe cColetRa d,e wdaedosb, 6o7 ptimization using a watermarked e7v.2a.2l uSaegtuiondno a cnoatupreyza odafs hCipóVteIseSs, IO110 N PDFCompressor
8 PESQUISA SOCIAL SUMARIO
"J
7.2.2.1 Hipóteses de pesquisa, 110 9.2.4 Unidade de análise, 147
7.2.2.2 Hipóteses de nulidade, 111 9.2.5 Tipos de planos de enquete, 147
1.2.2.3 Hipóteses estatísticas, 111 9.2.5.1 Etiquetes de corte transversal, 148
1.2.2.4 Hip Oteses estatisticas de diferenças, 112 9.2.5.2 Estados do tipo painel, 148
7.2.2.5 Hipóteses estatisticas de associaçäo, 113 9.2.5.3 Estados que se aproximam aos planos longitudinais, 149
7.2.2.6 Hipóteses estatísticas de estimaçäo de ponto, 115 9.3 Planos experimentais, 151
7.3 Qualidade das i ipóteses, 115 9.3.1 Tipos de planos experimentais, 152
8 VARIAVEIS, 117 10 ELEMENTOS DA TEORIA DE AMOSTRAGEM, 157
8.1 Variaçöes em relaçäo ao mesmo fenômeno, 117 10.1 Necessidade de realizar estados por amosfras, 157
8.2 Variaçoes em relaflo a cultos fenÓmenos, 121 10.2 Defmiçöes, 157
8.3 PrincIpios para a defmiçäo de variáveis, 121 10.2.1 Universo ou populaçao, 157
8.4 Tipos de variáveis, 123 10.3 Problemas fundamentals e sua relaçäo corn hipóteses de trabaiho, 158
8.4.1 Segundo o caráter escalar dos elementos, 123 10.4 Relaçòes entre nostras, problemas e hipóteses, 159
8.4.1.1 Variáveis nominais, 124 10.5 Tipos de amostras, 160
8.4.1.2 Vatiáveis ordinais, 126 10.5.1 Antostra addentaI, 160
8.4.1.3 Variáveis intervalares, 127 10.5.2 Amostra intencional ou de seleçäo racional, 161
8.4.1.4 Variáveis de razäo, 128 10.5.3 Amostras probabilísticas, aleatorias ou ao acaso, 161
8.4.2 Segundo a posiçäo na relaçäo entre duas ou mais variáveis, 129 10.6 Erros possíveis no estado por mejo de amostras, 166
8.4.3 Segnndo as características de continuidade das variáveis, 132 10.7 Tarnanho das amostras, 167
8.4.3.1 Variáveìs discretas, 132 10.7.1 Amplitude, 167
8.4.3.2 Variáveis contInuas, 133 10.7.2 NIvel de conÍiança estabelecido, 168
8.5 Formas de determinar as re1açes entre variáveis, 133 10.7.3 Eno de estimaçäo, 168
8.5.1 Relaçôes lineares, 134 10,7.4 Proporçäo da característica pesquisada no universo, 168
8.5.2 Relaçöes curvilineares, 136 10.1.5 Fórmulas para calcular o tamanho da amostra, 169
8.5.3 Relaçöes exponenciais, 136 10.7.5,1 Amostras aleatórias simples, 169
10.7.5.2 Arnostras estratificadas, 171
9 PLANO DE PESQUISA, 138
9.1 Conceitos e objetivos, 138 1 1 CONFJABILLDADE E VALIDADE, 174
9.1.1 Objetivos do plano de pesquisa, 139 11.1 Confiàbi1idade 175
9.1.2 Plano de pesquisa conio resposta a perguntas, 139 1 1 . 1 . I Cálculo de coeficientes de confiabilidade, 176
9.1.2.1 Como é possivel obter inferências adequadas?, 139 11.1.2 Método de teste-reteste ou reaplicaçäo, 177
9.1.3 Plano de pesqnisa como controle da variância, 143 11 . 1 .3 Método de formas alternativas ou equivalentes, 178
9.1.3.1 Eliininaçäo de variáveis, 144 11.1.4 Métodos baseados em urna prova, 178
9.1.3.2 Aleatorizaçäo, 144 11.1.5 Procedimentos para calcular os coeficientes de confiabilidade, 179
9.1.3.3 Inclusâo de variáveis no plano de pesquisa, 144 11.1.6 Supostos da fórmula Kuder-'Richardson, 182
9.2 Planos de enquetes, 145 11.1.7 Erro-padräo de mediçäo, 183
9.2.1 Descriç&o, 146 11.1.8 Fatores que afetam a confiabilidade de um instrumento, 183
9.2.2 Explicaçäo, 146 11.1.9 Fatores que contribuem para melhorar a confiabilidade do instru-
9.2.3 Bxploraçao, 146 mento, 184
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10 FESQUISA SOCIAL SUMARiO 11
14.4.1 Metodologia, 230
11.2 Validade, 185
A - Pré-análise, 231
11.2.1 Validade concorrente e validade preditiva, 185
11.2.2 Validade de conteddo, 186 B - Análise do material, 233
C - Tratamento dos resultados, 233
11,2.3 Validade de construto, 187
14.4.2 Unidade de registro e de conteddo, 234
Conclusao, 187
A - Unidades de registro, 234
12 QUESTIONÁRIO, 189 E - Unidades de contexto, 236
14.4.3 Regras de quantiflcaçào, 237
12.1 Funçöes e características, 189
14.4.4 Categorizaçao, 239
12.1.1 Tipos de questionários, 190
A - Tipo de pergunta, 190 14.5 Técnicas de análise de conteúdo, 243
B - Aplicaçäo dos questionários, 196 14.6 Precauçôes, 244
12.2 Construçäo dos questionarios, 197
15 PESQUISA HISTÓRICA, 245
12.2.1 PreparaçAo do questionário, 198
12.2.2 Recomendaçôes para a redaçAo das perguntas, 198 15.1 Objetivos da pesquisa histórica, 245
A - Disposiçâo das perguntas, 200 15.2 Aspectos específicos da pesquisa histórica, 246
B - Disposiçäo das perguntas para facilitar a análise, 201 15.3 Processo da pesquisa histórica, 247
C - Pré-teste, 202 15.3.1 Escolha do tema e formulaçâo do problema, 247
D - Vantagens e limitaçöes do questionário, 205 15.3.2 Especificaçäo e adequaçâo dos dados, 248
15.3.3 Avaliaçâo dos dados, 249
13 ENTREVISTA, 207 A - Evidência externa, 250
13.1 Entrevista nâo estruturada, 208 E - Evidência interna, 251
13.1.1 Objetivos da entrevista nao estruturada, 208 15.3.4 Coleta dos dados, 252
13.2 Técnicas de entrevistas, 209 15.3.5 Fontes de dados, 252
15.4 Amostragem, 254
13.3 PrincIpios da entrevista nao diretiva, 210
13.4 Entrevista guiada, 212 15.5 Interpretaçao dos dadbs, 256
13.4.1 Forinulaçäo das perguntas, 215 15.6 Liinitaçôes e vantagens da pesquisa histórica, 257
13.4.2 Jntroduçäo da entrevista, 216
16 OESERVAÇAO, 259
13,4.3 JuIcio da entrevista, 217
13.4.4 Transcriçâo da entrevista, 217 16.1 Observaçäo nAo participante, 260
13.4.5 Normas para a entrevista, 218 16.2 Observaçäo assistemática versus sistemática, 261
16.3 Observaçäo participante, 261
14 ANALJSE DE CONThÚDO, 220 16.4 Vantagens e desvantagens da observaçäo, 263
14.1 Histórico, 220
17 MEDIÇAO DE ATITUDES, 265
14.2 Conceito de análise de conteddo e sua aplicaçAo, 222
14.2.1 Natureza da análise de conteúdo, 223 17.1 Métodos para medir atitudes (escalas de atitudes), 265
A - Objetividade, 223. 17.2 Métodos escalares mais utilizados, 267
B - Sistematizaçäo, 223 17.3 Método de Thurstone, 268
C - Juferência, 224 17.4 Escala Likert, 271
14.3 Campo de aplicaçäo da análise de conteúdo, 225 17.5 Método de Guttman, 272
PDF com14,p4 rAensálissei odoncu,m eOntaCl eR an,á lwise edeb c oontepúdtoim, 22i8z ation using a watermarked17 .e6 vCaaralcutearísttiicoasn d ec uornap eysc aola fd eC atVituIdSe, I2O73 N PDFCompressor
12 PESQUISA SOCIAL
18 PORMULAÇÁO DE ITENS PARA TESTES E ESCALAS DE ATnUDES, 275
18.1 Itens cognitivos, 275
18.1.1 Verdadeiros ou falsos, 275
18.1.2 Itens classificatórios de dupla escoffia, 278
18.1.3 Itens de múltipla escoffia, 280
18.2 Itens atitudinais, 288
18.2.1 Formulaçäo de itens, 289
19 RELATÓRIO DE PESQUISA, 298
19.1 Introduçäo, 298
19.2 Histórico do problema, 298
19.3 Referéncias bibliográficas, 300
19.4 Redaçäo do texto, 304
19.5 thserçäo de quadros, gráficos e tabelas, 311
19.6 Levantamento de conclusôes, 314 Após mais de nina década, o organizador da 1a e 2' Edïçäo deste manual,
19.7 Redaçäo do sumário, 315 acoihendo diversos pedidos e sugestöes, particularmente de amigos e colegas, decidlu
19.8 Apresentaçäo dos anexos, 316 preparar esta 3 Ediçäo, corrigida e ampliada. Nesses dez anos, a pesquisa social,
especialmente no Brasil, tern avançado em sua capacidade crítica, Essa malor cri-
ANEXO - APRESENTAÇÄO ESQUEMÁTICA DAS ETAPAS, ERROS ticidade, porém, exige do pesquisador defrniçäo clara de sua postura ideológica, a
COMETIDOS E TIPOS DE PESQUISA SOCIAL, 318 qual nAo acontece, na maloria dos casos, por falta de conhecimento, Pruto da
Passos a seguir na programaçäo de urna pesquisa, 318 experiência adquirida, acrescento nesta ediçäo de Pesquisa social: métodos e técnicas
Nove passos a seguir no planejaxnento de urna boa pesquisa, 319 dois capítulos sobre método científico e correntes epistemológicas da ciência. Acre-
Vantagens de um estudo-pioto, 320 dito que facilitaräo a vida do pesquisador.
Erros comuna que se cometem nas diversas etapas e tipos de pesquisa, O presente manual é urna intmdução, relativamente detaihada, aos métodos e
321 técnicas de pesquisa em Ciéncias Socials. O ordenament dos capítulos reflete urna
Etapas no planejamento e realizaçäo de urna pesquisa, 325 progressäo que começa com consideraçöes prévias à execuçäo da pesquisa, a saber,
Resumo dos métodos de pesquisa, 326 as características do método científico e as correntes epistemológicas já mencionadas,
passa pela análise de diversas técnicas de coleta e codificaçäo de dados e termind
Bibliografia, 329 com a elaboraflo de relatórios de pesquisa.
Em geral, a grande maioria dos manuais de pesquisa existentes no Brasil,
traduzidos ou nao, dedica parte importante de seu conteúdo à análise estatistica.
Acreditamos que a Estatística, por sua complexidade e dificuldade, deve ser tratada
textos específicos, dedicando-se um manual de pesquisa apenas a problemas de
em
métodos e técnicas referentes à formulaçäo de problemas, planejaxuento da pesquisa,
amostragem e coleta de informaçoes adequadas a determinado assunto,
Considerando a importAncia crescente e a falta quase absoluta de inforrnaçäo,
dedicamos vários capítulos aos métodos e técnicas qualitativas de pesquisa. Assim,
t a análise de conteúdo, a entrevista em profundidade e a análise histórica recebem
nossa atençäo especial. Nesse sentido, pela importância da pesquisa qualitativa,
acrescenta-se um capítulo sobre as características que deve ter a pesquisa social
crítica.
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14 PSQUISA SOCIAL
Como este é um manual de pesquisa em Ciências Sociais, ele está destinado
a alunos e pesquisadores de diversas áreas. Os conceitos apresentados são relevantes
à pesquisa em Educaçäo, Sociologia, Psicologia e outras ciências que tenham como
objeto o estudo do fenômeno humano.
Nossa fonnaçAo básica em Sociologia e Educaçào influi nos exernplos apre-
sentados, Mas tentamos ecother problemas que possam aErair a atençäo do leitor.
Convidamos professores, alunos e pesquisadores a enviar-nos seus comeiltários
(bons, maus ou indiferentes) em relaçao a este manual. E de nosso interesse me-
Ihorar constantemente a forma de apresentar o qne ternos para dizer ein relaçäo a
métodos e técnicas de pesquisa social.
Agradeço a todos os que colaboraram na realizaçäo desta ediçao. Merecern
especial gratidao a Editora Atlas, na pessoa do seu Diretor-Presidente, Sr. Luiz
Herrmann; meus colegas Alexandre Nader, Wilson Aragäo, Ronaldo Barbosa e
Salete Barbosa de Parias por seus comentários em diferentes etapas deste trabalho.
Nao posso deixar de ressaltar o grande apoio e paciência de minim querida esposa
Zilma, A iThica maneira de aprender a pesquisar é -fazendo urna pesquisa. Outros
meios, porém, podem ajudar. Conversar corn pesquisadores experientes pode levar
O AUTOR um neófito à melhor compreensäo dos problemas da pesquisa que, geralmente, nao
são tratados em manuals ou textos. Exemplos concretos de historia do êxito e
fracasso, frustraçôes e satisfaçes, düvidas e confusöes, que formam parte do pro-
cesso de pesquisa, produzem urna impressAo bastante diferente daquela que surge
da leitura de um relatório 1mal de pesquisa. Existe um mundo de diferença entre
o produto publicado e o processo que leva a tal produto. Muitas decisöes importantes
que se tomam no transcurso de urna pesquisa jamais são publicadas em um relatório
final. Portanto, as destrezas para resolver dificuldades rotineiras - tais como pro-
curar bibliografia relevante ao problema pesquisado, transformar urna idéia em um
problema de pesquisa, escrever um projeto e relatório final - devem ser adquiridas
em algum lugar. E um dos objetivos deste manual ajudar o leitor a desenvolver
essas destrezas.
Nao existe urna fórmula mágica e umnica para realizar urna pesquisa ideal;
talvez näo exista nem existirá urna pesquisa perfeita. A investigaçâo é um produto
humano, e seus produtores são seres faliveis. Jsto é algo importante que o princi-
piante deve ter 'em mente' ' : fazer pesquisa nao é privilégio de alguns poucos
gênios. Precisa-se ter conhecimento da realidade, algumas noçòes básicas da meto-
dologia, e técnicas de pesquisa, seriedade e, sobretudo, trabatho em equipe e cons- L
ciéncia social. Evidentemente, é muito desejável chegar a um produto acabado, mas
no é motivo de frustraçäo obter um produto imperfeito. E meihor ter trabalho de
pesquisa imperfeito a nao ter trabalho nenhum. Os diversos problemas que surgem
no processo de pesquisa nao devem desencorajar o principiante, a experiência lhe
permitirá enfrentar as dificuldades e obter produtos adequados. As páginas seguintes
apresentam algumas idéias, sugestes e técnicas que achainos ilteis para nossas
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16 PBSQUISA SOCIAL PROCESSO DE PESQUISA 17
solucionar os problemas analisados. Esperamos que o leitor aplique, como ele es- A malor parte dessas pesquisas nAo está destinada a formular ou testar teorias;
timar conveniente, o que considere de utilidade nos diversos temas discutidos. o pesquisador está, apenas, interessado em descobrir a resposta para um problema
específico ou descrever um fenOmeno da meihor forma possivel.
1.1 Para que pesquisar? k 1.1.2 Pesquisas para formular teorias
Na opiniäo de Pedro Goergen (1981:65), O desenvolvimento das Ciéncias Sociais é recente; portanto, existe uma quart-
tidade de pesquisas de natureza exploratória, que tentam descobrir relaöes entre
"a pes quisa nas aencias Sociais nao pode excluir de seu trabalho a reflexao fenômenos. Em muitos casos, os pesquisadores estudam um problema. cujos pres-
sobre o contexto conceitual, histórico e social que forma o horizonte mais supostos teóricos nao estâo claros ou são dificeis de encontrar. Messa situaçao,
.
ampio, dentro do quai as pesquisas isoladas obtbn o seu sentido"(1981). faz-se uma pesquisa nao apenas para conhecer o tipo de relaçAo existente, mas
sobretudo para determinar a existência de relaçao. Por exemplo, um pesquisador
Esses estudos empíricos ou teóricos podem mudar de sentido a partir da cons- em educaçao quer estudar o efeito que a mudança de método de ensino produz no
ciência dos pressupostos sociais, culturais, políticos ou mesmo individuais que se rendimento escolar de uma turma. Antes, porém, de estudar o efeito, deve pesquisar
escondem sob a enganadora aparência dos fatos objetivos. Assim, ainda que seja se existe relaçao entre método de ensino e rendimento escolar.
muito comuni a realizaçäo de pesquisas para beneficio do próprio pesquisador, nao
devemos esquecer de que o objetivo último das Ciências Sociais é o desenvolviinento
do ser humano. Portanto, a pesquisa social deve contribuir nessa direçao. Seu 1.1.3 Pesquisas para testar teorias
objetivo irnediato, porém, é a aquisiçäo de conhecimento.
Como ferramenta para adquirir conhecimento, a pesquisa pode ter os seguintes Nao existe grande diferença entre pesquisas para formular teorias e pesquisas
objetivos: resolver problemas específicos, gerar teorias ou avahar teprias existentes. para testar teorias, estas últimAs engem forrnulaçao precisa.
Em termo gerais, nao existe pesquisa sem teoria; seja explícita ou implícita, ela Quando as teorias claramente formuladas são testadas e confirmadas repetidas
está presente em todo o processo de pesquisa. vezes e se se dispôe de informaçäo empírica consistente, pode-se iniciar nova etapa
Os objetivos mencionados são relativamente arbitrarios e nao exciudentes. A na formulaçao de teorias: a procura de constantes matemáticas nas fórmulas que
grande maioria das pesquisas, entretanto, pode ser facilmente classificada quanto à constituem as teorias. Em geral, porém, as Ciências Sociais estAo, ainda, longe
especiflcidade e exphicitaçao do referencial teórico utilizado, Dita especificidade e dessa etapa. Asshn, este manual nAo dedica multa atençAo à pesquisa destinada à
explicitaçao catho basicamente detenninadas pelo conhecimento já existente; portan- estimaçao de parametros. Sem embargo, para muitos cientistas sociais esse tipo de
to, nao se pode clizer que um dos objetivos seja superior aos outros, e os trés pesquisa constitui um ideal a ser alcançado.
podem complementar-se.
1.2 Atitude do pesquisador
1.1.1 Pesquisas para resolver problemas
Ainth quando existem freqüentes discussoes em relaçäo ao tipo de pesquisa
Esse tipo de pesquisa está, geralmente, dirigido para resolver problemas prá-
ticos. Por exemplo, urna indústria que faz pesquisa para determinar efeitos da que o investigador deve enfatizar, a grande maioria das pessoas que aceitam a
relevância da pesquisa está de acordo com a necessidade de desenvolver urna atitude
música ambiental na produtividade dos empregados. No campo de educaçào, existem
de autocrítica em relaçAo às próprias pesquisas. Jato significa que toda afirmaçïio,
multas pesquisas dirigidas para detectar a eficiéncia de diversos métodos de ensino.
todo princípio, toda deliberaçAo feita pelo próprio pesquisador ou por outras pessoas
Outros exemplos podem ser encontrados na elaboraçäo de testes e material instru-
devem ser examinados de dois pontos de vista:
cional.
A pesquisa social crítica (pesquisa qualitativa, pesquisa-açAo etc.) tem como a. sua veracidade ou falsidade;
fundamento a procura coletiva de soluçäo de problemas práticos. b. como se pode medir sua falsidade ou veracidade.
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18 PESQUISA SOCIAL PROCESSO DE PESQUISA 19
Para multes, tal atitude pode parecer algo estranho, pois o sistema educacional Finalmente, o método científico supôe que, para estiMar urn fenómeno cien-
transmite urna visäo absolutista do saber (talvez seja mais fácil ensinar dogmatica- tificamente, este deve ser medido. Em outras palavras, o fenomeno deve ser per-
mente que expressar dúvidas, intranquilidades ou inquietudes). Assim, dita atitude ceptível, sensível e clasgificável, ainda que o cientista social possa trabalhar com
do pesquisador exige reorganizaçäo do conceito de saber, nova visäo que permita conceitos teoricamente abstratos, tais como amor, aprendizagem e qualidade de
reconhecer a incerteza, falta de clareza, relatividade, instrumentalizaçäo e ambigüi- vida; antes de estudá-los empiricamente, deve procurar comportamentos, estímulos,
dade do conceito "verdade científica". Essa posiçäo pode levar a importantes avan- características ou fatos que representem esses conceitos. A escoiha de um fato ou
ços na produço e democratizaçäo do saber, multo mais que a simples aceitaçäo, característica para representar um conceito abstrato é couhecida como oeraciona-
näo questionada, do que aparece nos livros e mentes des especialistas. lizaçao do conceito. Assim, a definiçäo de um conceito refere-se às operaçöes
(instrumentos, mediçöes ou códigos) realizadas para medir a presença où ausência
do fenomeno simbolizado por dito conceito. .... . Ç
1 .3 Consideraçöes epistemológicas Embora o senso comum, a lógica e a experiéncia de outros pesquisadores
proporcionem guias para a escoffia de definiçôes operacionais, essas defmiçöes são
teórica e operacionalmente arbitrárias.
A maloS das pessoas concordará que a maneira de testar a validade de urna O método científico pode ser considerado algo como um telescópio; diferentes
afirmaçäo é submetê-la a exame empírico. Tal exame empírico, porém, basela-se lentes, aberturas e distAncias produziräo fonnas diversas de ver a natureza. O uso
em urna série de pressupostos pouco prováveis. A aceitaçäo de determinada corrente
de apenas urna vista nao oferecerá uma reresentaçäo adequada do espaço total que
científica implica a aceitaçäo dos supostos que caracterizam essa corrente. A maioria desejanios compreender. Talvez diversas vistas parciais permitam elaborar um ' 'ma-
ddee lesso creiefdeared-es ee asoo ppraopceels soda dcei êpnrcoidau. çäo de conhecimento, à estrutura e organizaçäo pa' ' tosco da totalidade procurada. Apesar de sua falta de precisão, o ' 'mapa' '
ajudará a compreender o território em estado.
tais coErmno gae riMnt,u iaç äcoi,ê nac ieax pée ruirénnac ipao mdeírsotiscaa ,f ear raacmeeitnatçaä od ed ac aountvoirciçdâaod.e ;E mxiasste ma c olêuntcraias,, nos cTapeíntudloo sa nsaeligsuaidnote, sb rseevräeom ednistec,u taildgams isa sa scpaercatcotse rbísátsicicaos s ddeo upmro cpersosjoe tdoe, paes sqvuárisiaas, I -
talvez pela aparente objetividade e eflciência, proporciona a infonnaçäo mais con- etapas de uma investigaçâo, diversos métodos e técnicas utilizados, concluindo corn
veniente. Se alguma evidência científica é relevante para determinada afinnaçäo,
os requisitos de um relatório de pesquisa. Deve-se insistir que nAo existem projetos
dita evidência ajudará na decisAo de aceitar ou rejeitar essa afirmaçâo. típicos, cada trabaiho apresenta suas próprias peculiaridades. As normas e reco-
Mas deve-se insistir que a ciência näo é ' 'dona' ' da verdade; toda ' 'verdade" mendaçoes apresentadas provavelmente se aproximam de urna grande variedade de
científica tern caráter probabilístico. pesquisas, mas nAo são regras absolutas.
A priori, nao há base para afirmar que a clência é melhor que a revelaço.
Dependendo da cultura e das crenças pessoais, alguns pressupostos seräo mais con-
vincentes que outros. Contudo, pode-se aceitar que a ciéncia é uma forma de
adquirir "conhecimento", "compreensâo", crença da falsidade ou veracidade de
urna proposiçâo.
Em geral, as regras do método científico são arbitrárias, e exitem muitos
pressupostos para trabalhar cientificamente. Talvez, o mais importante se refira à
induçäo como fonte de informaçäo: é possível ter conhecimento de multas coisas,
observando apenas algumas. O conhecimento indutivo é incompleto, mas é básico
para a maiorïa das ciénbias. Outra posiçäo refere-se à validade do método dedutivo,
enfatizando a lógica e o raciocinio matemático. Além disso, a ciência supöe que
todos os fenómenos tém alguma causa; nao existem fenómenos caprichosos (atual-
meute, existe grande discussäo filosófica em relaçäo a esse pressuposto).
Outro aspecto do método científico é a cqnfiança na capacidade de observaçào
dos cientistas. Isto implica confiança na percepçäo do pesquisador, em sua sensi-
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