Table Of ContentMeu amigo Jamie Smith nunca é entediante. Na maioria das vezes exclamei
“amém” enquanto lia as cartas. Mas, mesmo quando discordei, apreciei o modo
humilde, caridoso e, ao mesmo tempo, convicto de Jamie. E, em meio a toda a
energia encorajadora do movimento do “novo calvinismo”, é importante dizer
que ser reformado é mais que aderir ao TULIP. Essas são cartas
recompensadoras e criativas para todos nós.
― Michael Horton
Professor de Teologia, cadeira J. Gresham Machen
Westminster Seminary California
Há vários livros por aí que descrevem a teologia reformada e convidam as
pessoas a se tornarem parte da tradição reformada. Entretanto, muitos desses
livros são produtos dos anos anteriores ao advento dessa jovem e inquieta
realidade reformada muito popular na atualidade. A maioria deles é anterior ao
novo calvinismo. Cartas a um jovem calvinista, por James K. A. Smith, é novo
para o campo e muito distinto do restante. Trata-se de um dos poucos livros que
falam diretamente com esse novo e inquieto movimento reformado. Escrito
como se fossem cartas de um mentor ao aprendiz, que está investigando a
teologia reformada, o livro oferece 125 cativantes páginas introdutórias à
tradição e a seu funcionamento na vida real.
― Tim Challies
Autor de Discernimento Espiritual
James K. A. Smith entrou de forma sábia em uma das mais fascinantes
conversações no evangelicalismo contemporâneo: o surpreendente
ressurgimento do calvinismo entre os jovens cristãos. Cartas a um jovem
calvinista é instigante, diversificado, provocativo, interpessoal e atual. É
provável que ninguém concorde com todo o conteúdo, mas o que mais apreciei
foi a cuidadosa insistência de Smith em afirmar que ser reformado em sentido
teológico é muito mais que crer nos famosos (e fabulosos!) “Cinco pontos do
calvinismo”. Ele demonstrou que a tradição reformada é de escopo pactual e
cósmico, grande e brilhante em escala, e de espírito doutrinário e devoto.
Envolva-se por inteiro na leitura!
― Tullian Tchividjian
Autor de Surpreendido pela graça
Gostaria que houvesse existido um Jamie Smith para escrever-me cartas como
essas quando eu era um jovem calvinista. Mas, espere, sou muito grato por tê-las
hoje! Esse é um delicioso retrato do calvinismo robusto para o século XXI.
― Richard J. Mouw
Presidente e professor de Filosofia Cristã
Fuller Theological Seminary
Embora Cartas a um jovem calvinista não vá agradar a todos no campo
reformado (afinal de contas, é uma família grande e diversificada), Jamie Smith
fez um fabuloso trabalho articulando de forma cativante e envolvente a
profundeza, o esplendor e a alegria da tradição reformada. Encontrei muito do
que considero valioso no calvinismo reafirmado nessas interessantes cartas e, ao
mesmo tempo, fiquei encantado com o aprendizado de novos insights que me
deixaram empolgado mais uma vez com essa tradição. Espero que este livro
apresente a riqueza do entendimento reformado sobre a fé a toda uma nova
geração.
― Jim Belcher
Autor de Deep Church
Cartas a um jovem calvinista é um esplêndido livro que fala à cabeça e ao
coração, aconselhando os jovens, inquietos e reformados a crescerem em uma
tradição reformada mais larga e profunda. A jornada com Smith à espaçosa e
expansiva tradição reformada vale a pena. Esse sábio e inteligente livro é de
deliciosa leitura!
― J. Todd Billings
Professor associado de Teologia Reformada
Western Theological Seminary
Cartas a um jovem calvinista
James K. A. Smith
Copyright @ 2010, de James K. A. Smith
Publicado originalmente em inglês sob o título
Letters to a Young Calvinist
pela Brazos Press,
uma divisão da Baker Publishing Group
P.O. Box 6287, Grand Rapids, MI 49516-6287, EUA.
Todos os direitos em língua portuguesa reservados por
EDITORA MONERGISMO
Caixa Postal 2416
Brasília, DF, Brasil - CEP 70.842-970
Telefone: (61) 8116-7481
www.editoramonergismo.com.br
1a edição, 2014
1000 exemplares
Tradução: Daniel Vieira, Paulo Dib, Rodrigo Rosa e Victor Bimbato
Revisão: Felipe Sabino de Araújo Neto e Maria Isabel Corcete Dutra
Capa: Brazos Press
Projeto gráfico e edição de imagens: Marcos R. N. Jundurian
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PROIBIDA A REPRODUÇÃO POR QUAISQUER MEIOS,
SALVO EM BREVES CITAÇÕES, COM INDICAÇÃO DA FONTE.
Todas as citações bíblicas foram extraídas da
Almeida Revista de Atualizada (ARA),
salvo indicação em contrário.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Smith, James K. A.
Cartas a um jovem calvinista: um convite à tradição reformada / James K. A. Smith, tradução: Daniel Vieira, Paulo Dib, Rodrigo Rosa e Victor Bimbato – Brasília, DF:
Editora Monergismo, 2014.
100p.; 21cm.
Título original: Letters to a Young Calvinist
ISBN 978-85-62478-91-8
1. Igreja reformada — doutrinas. 2. Cartas fictícias. 3. Calvinismo I. Título
CDD 230.42
Para
David, Frank, Myra, Sherryl, Carlos, Cheryl,
e Danny
Isto eu oro, que seu amor possa crescer mais e mais em conhecimento e
verdadeiro discernimento, para que você possa descobrir as coisas que realmente
importam, a fim de ser puro e irrepreensível até o dia de Cristo.
Filipenses 1.9-10 (tradução do autor)
Sumário
Introdução
Carta I: Bem-vindo à Família
Carta II: Sobre o orgulho religioso
Carta III: Orgulhoso de ser calvinista?
Carta IV: Graça por todos os lados
Carta V: Deus não nos deve nada
Carta VI: Deus não nos deve nem mesmo uma resposta
Carta VII: Semper Reformanda
Cartão Postal de Genebra
Carta VIII: Um tour histórico pela teologia reformada
Carta IX: Agostinho, Santo Patrono dos reformadores
Cartão Postal de Princeton
Carta X: Ser reformado é ser católico
Carta XI: Sobre ser “confessional”
Carta XII: Para além de Westminster
Carta XIII: O evangelho “social” de Deus
Carta XIV: Nosso Deus fiel em suas promessas
Cartão Postal de Amsterdã
Carta XV: Eleito para o amor
Carta XVI: A igreja é importante
Carta XVII: Reformado demais para a igreja?
Cartão Postal de Seul
Carta XVIII: Sobre especulações rabugentas
Carta XIX: Calvinismo abrangente
Carta XX: Tão longe quanto é encontrada a maldição
Carta XXI: Para o quê somos salvos?
Carta XXII: Providência bibliográfica
Carta XXIII: Regozijando-se em Deus, deleitando-se na criação
Agradecimentos
Bibliografia
Introdução
Quem apostaria que em nossa cultura pós-moderna assunto austero como
o calvinismo poderia ser coisa da moda? À parte o 500º aniversário do
nascimento de João Calvino em 2009, nos últimos anos o que é descrito como
“novo calvinismo” tem gerado crescente interesse e mais devotos — o que está
melhor exposto no texto de Collin Hansen, Young, Restless, Reformed: A
Journalist’s Journey with the New Calvinists [Jovens, inquietos, reformados: A
jornada de um jornalista com os novos calvinistas]. Associada a pastores
conhecidos como John Piper e Mark Driscoll — além de acadêmicos como Al
Mohler e D. A. Carson — a atenção ao novo calvinismo atingiu um crescendo
quando a revista Time, em curiosa afirmação, elegeu-o uma das “dez ideias que
estão mudando o mundo agora”.[1]
Experimentei parte desse novo interesse no calvinismo num lugar pouco
provável: uma igreja Assembleia de Deus no centro de Los Angeles. Enquanto
eu e minha esposa dirigíamos o colégio de formação de ministros na Assembleia
de Deus Del Aire, em Hawthrone, Califórnia (que está bem longe de Bel Air, só
pra constar!), testemunhei um aumento na busca por uma reflexão teológica mais
rigorosa entre os jovens de vinte e poucos anos do nosso grupo (jovens em sua
maioria latinos). Procurando desenvolver mentes cristãs com profundidade
teológica e alicerçadas numa tradição intelectual que eles não conseguiram
encontrar em sua herança pentecostal, esses jovens foram, de modo
surpreendente, atraídos para as riquezas da tradição reformada. O curioso é que
essa parece ser uma trajetória comum para muitos evangélicos.
Aliás, essa é a minha própria história. Converti-me e me formei ao longo
de uma tradição evangelical marcada por uma estranha atmosfera biblista e,
contudo, antiteológica, a qual gerava um ethos anti-intelectual. Porém, naquela
altura, enquanto cursava a Faculdade Bíblica, descobri a tradição reformada da
“Old Princeton” — a rica herança teológica do Seminário Teológico de
Princeton no século XIX (delineada de forma excelente na antologia de Mark
Noll, The Princeton Theology). Ainda consigo me lembrar de ter passado uma
noite em claro, imerso nas obras de Charles Hodge, B. B. Warfield e William G.
T. Shedd. Bebi da sabedoria e da erudição desses homens com um senso quase
vertiginoso de emoção e renovo, sussurrando constantemente para mim mesmo:
“Onde vocês estiveram durante toda a minha vida?”. Foi como se eu tivesse
Description:Quem apostaria que em nossa cultura pós-moderna um assunto austero como o calvinismo poderia ser coisa da moda? Novas gerações têm descoberto e abraçado o “novo calvinismo” com zelo e fervor, encontrando na tradição reformada uma rica posição teológica. De fato, a revista Time citou o